sábado, 29 de dezembro de 2012

Julga e age


Se não crês verdadeiramente numa verdade, num determinado caminho a se trilhar; se não crês num certo e errado, não podes a nada julgar. E não julgas porque não tens parâmetros. Se não julgamos, como iremos agir, como mudaremos o que há de errado? Não adianta virem dizer-me que o mundo não carece de julgamentos. É só olhar ao lado que te pões de sobressalto. O fim da convicção é o nascimento da inércia cômoda e covarde que nos enche o mundo atualmente e que nada contribui para melhorá-lo. 

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Vá!


Reclamam de minha ira?! Que reclamem! Pois reclamam somente aqueles que a provocam. E os que a provocam não merecem nada, nem mesmo o amanhã! Mas ai de mim! Não bato um martelo para todo um coletivo! Minhas ações e reações são mais vis-à-vis e individuais. No entanto, de uma coisa estou certo: a coisa mais nobre que a maioria desses infames de hoje poderiam fazer para si e para o mundo seria findar-se. O amanhã só revelaria mais uma descida nesse buraco sem fim de vergonha, falta de caráter e honra. 

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Sobre os incrédulos e revoltados


Ser criado num lar católico, cristão, e depois se deparar com a triste realidade do mundo não é fácil. Penso que a maioria dos incrédulos de hoje o são por se sentirem injustiçados, enganados. Não só o mundo vem à tona como um lugar mesquinho: os seus entes, que tanto antes admiravam, têm suas falhas e vícios mais visíveis a nós quando chegamos a certa idade. Não é a descrença súbita, proveniente do nada, que emerge, mas sim a sensação de ter sido traído por tudo aquilo que era para si mais caro e imaculado no mundo. E assim muitos ficam: secos, quietos, carrancudos e até mesmo revoltados. Não raro percebo ira em manifestações de supostos céticos e/ou ateus. Na realidade, não era a religião que eles queriam culpar, mas sim o mundo, os homens. No entanto, a “religião” se deixa ser culpada. Por quê? Porque ela é bela e além. Porque ela tem em si um dos mais belos e necessários dons para o desenvolvimento do homem como ser: o perdão, e só através dela se pode perdoar. Entretanto, eis que cá estamos: um mundo cruel que se torna cada vez mais cruel com os homens distante de Deus: incrédulos, vaidosos, materialistas até os ossos... Não perdoam a traição da mais terna idade; não perdoam os seus, não perdoam a si e ficam presos numa gosma que gruda, estanca e os adoece. Os seres de hoje não perdoam aquilo que hoje lhes perdoa e não percebem o que lhes está na face; não crêem mais no pecado e no erro, só em seus desejos e vícios. Se não há pecado, então, não pode haver perdão... Os homens suicidam o seu espírito hoje em dia. 

sábado, 22 de dezembro de 2012

Sobre o tema “propriedade privada”...


(uma análise bem fria e objetiva) 

   A propriedade privada é legítima por natureza. Muito me espanta que céticos, ateus e comunistas tanto mal falem sobre ela, porque suas críticas não têm base senão em princípios "religiosos", ou criações de um “eu” atordoado e doente.
   Rousseau errou. Tanto errou que perdeu o concurso em que tentou emplacar o famoso discurso sobre a origem da desigualdade entre os homens. Esse discurso é bastante interessante – ao menos para mim. Vejo muita coerência em inúmeras análises, mas um grande erro na conclusão sobre essas análises.
    Rousseau diz que a origem da desigualdade entre os homens reside na criação da propriedade privada. De certo modo, está correto pensar assim. Entretanto, ele tenta explicar que essa desigualdade, que a existência da propriedade privada, está assentada em algum fator social, em algo que se corrompe; que todos os homens nasceram iguais e, pela própria e única ação do homem, ou de um homem, tornaram-se diferentes. Contudo é errado pensar assim. O homem mais forte e “malicioso” que subjugou o mais fraco e decretou ser dono de algo, era mais forte e “malicioso” porque a natureza assim o concebeu. O “usurpador” foi concebido pela natureza com essas aptidões que o permitiu “usurpar”. Não estou tentando consagrar isso, estou simplesmente constatando algo que passa, quase que sempre, despercebido.
   Querem mais legalidade do que a própria mãe natureza? Existiu o homem; depois um homem forte; depois um homem suficientemente forte e malicioso que se apropriou de algo, tal como um cão que mata o outro por ele ter tentado se apropriar de um alimento e intimida os demais.
   O que quero dizer é que é da natureza humana, ou melhor, que é da natureza, que é natural, haver “desigualdade” e, por conseguinte, propriedade. 

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Sobre o Natal

"Toda cerimônia depende de um símbolo; e todos os símbolos têm sido vulgarizados e apodrecidos pelas condições comerciais de nosso tempo. Isso é especialmente verdade desde que sentimos a infecção comercial americana, e o progresso tornou Londres uma cidade não superior a si mesma, mas inferior a Nova York. De todos os símbolos falsificados e esmaecidos, o mais melancólico exemplo é o antigo símbolo da chama. Em todas as épocas e países civilizados, foi sempre natural falar de um grande festival em que “a cidade era iluminada.” Não há sentido atualmente em se falar que a cidade foi iluminada. Não há propósito em iluminá-la por qualquer entusiasmo normal ou nobre, tal como o sair-se vencedor numa batalha. Toda a cidade está já iluminada, mas não por coisas nobres. Está iluminada somente com o propósito de se insistir na imensa importância de coisas triviais e materiais, adornadas por motivos inteiramente mercenários. O significado de tais cores e tais luzes foi, portanto, inteiramente aniquilado. Não adianta lançar um foguete dourado ou púrpuro para a glória do Rei ou do País, ou acender uma imensa fogueira vermelha no dia de São George, quando todos estão acostumados a ver o mesmo alfabeto ardente proclamando uma pasta de dentes ou uma goma de mascar. A nova iluminação não fez a pasta de dentes ou a goma de mascar tão importantes quanto São George ou o Rei George; porque nada poderia. Mas ela fez as pessoas se cansarem do modo de proclamar grandes coisas, por seu eterno uso para proclamar pequenas coisas. A nova iluminação não destruiu a diferença entre a luz e a escuridão, mas permitiu a luz menor ofuscar a maior"

G. K. Chesterton

Cruzadas - Chesterton


terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Padrões


Para se aprender a fazer um bom texto, uma boa ação, um bom poema, uma boa obra (construir algo), deve-se, antes tudo, ser um bom crítico. Assim, antes te pores a fazer qualquer algo, tens de ter lido bons textos, visto boas ações, apreciado boas obras e assim em diante. Ou seja, tens de seguir um padrão se quiseres fazer qualquer coisa de bom nesse mundo. Que há hoje em dia? Uma morte dos padrões, uma morte da certeza e um joguete tolo onde o certo é errado e o errado é certo. Diante disso, seguindo as tendências atuais, não podes ter um exemplo de nada, porque nada é bom, ao mesmo tempo em que tudo pode vir a ser é bom – assim nada é ruim também, ao mesmo tempo em que tudo pode vir a ser ruim pela mesma “lógica”. Que benesses nos trazem esses iluminados que negam o transcendente? Que de construtivo nos deixam? Nada. Só livros infindos cujas conclusões são as ausências de conclusões. Pões fins aos padrões e nada de correto sairá adiante. Tê-se preso ao relativismo, que nada podes construir. Assim é a hora de negar tudo o que pretende negar-nos: negar nossas certezas, nossos padrões, nossas convicções, nossas idéias, nosso bom senso, nossa índole, nosso caráter e nossa ética. Devemos defender os padrões, a nossa tradição, e o que os homens de outrora nos legaram, pois sem isso nada somos e nada poderemos ser além de vítimas do agora e dessa opinião alheia destrutiva, completamente alienante e que só atende aos vícios da modernidade. 

sábado, 15 de dezembro de 2012

Espírito burguês

"Combate o burguês que está dentro de ti. A burguesia não é uma classe, é um estado de espírito. É o conformismo, o comodismo, o interesse vulgar, o prazer mesquinho, a incapacidade de ideal, a demissão dos deveres, a submissão ao cotidiano, o fatalismo inerme, a indiferença criminosa, o abandono a rotina, o egoísmo cego a ostentação ridícula, a descrença e a incapacidade de ação. Liberta-te desse mal do século; será o primeiro passo para a libertação de tua Pátria e da própria Humanidade, hoje oprimida pelos seus próprios vícios".

Plínio Salgado

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Ciências Humanas


O estudo das Ciências Humanas hoje, numa academia, é inútil. A última coisa que ele tenta ser, na realidade, é ser útil. Não é à toa que na maioria esmagadora das vezes só lemos trechos de obras da gente de outrora, pois só os trechos são adaptáveis ao relativismo moderno – as obras não. 

Movimento Negro


Eu nunca vi o Movimento Negro ressaltando negros de sucesso como Walter Williams, Michael Jordan, Machado de Assis (mulato) entre outros. Vejo-os ressaltando e aludindo à mentira e aos homens que não nos legaram nada além de erros, como Zumbi dos Palmares, Amílcar Cabral e Agostinho Neto. O que se pode concluir disso é que esse movimento não busca "os direitos dos negros", nem em escala legal e muito menos ideológica. O Movimento Negro é um movimento político que serve como propaganda ideológica pelos governistas que cá estão.
Reclamam das dores do passado, mas não as sentem. Reclamam das dores do presente, mas não as verdadeiramente mensuram porque não podem. Se alguém afirma uma dificuldade de se estudar biologia, alguém também pode desdenhar disso porque para ele é fácil e crível fazer isso. Se eu, por exemplo, reclamo de uma dor qualquer, não posso transmitir ao outro a dimensão dessa dor, só a idéia. Do mesmo modo, não posso dizer que se é incapaz de se atingir sucesso por não ter sido criado em boas condições, afinal há uns tantos que não foram criados nessas condições e ainda assim conseguem obter sucesso. O que há é a cruz individual. Cada um sabe a cruz que tem, e é a única cruz que se consegue ver a extensão e sentir. Das demais, só a idéia. 
Não obstante, é verdade que muitos obstáculos físicos e imposições alheias tornam impossível o sucesso e conquistas individuais, até mesmo para os mais flexíveis e adaptáveis homens. Entretanto, onde realmente se encontram, nos dias de hoje, tais obstáculos? São ínfimos. E por que o são? Porque "esse nosso modelo de sociedade", tão criticado, permitiu ao longo do tempo. Não precisou de muito mais do que trezentos anos para os valores ocidentais acabar com a escravidão milenar – que não começou com o europeu, mas cessou com ele. Vemos, em muitos movimentos, os tais direitos humanos sendo clamados, mas não vemos a razoabilidade indo junto. Ninguém quer se comprometer com nada além de si. O Movimento Negro, se bem quisesse aos negros, estaria lustrando os valores humanos que se encontram nas instituições ocidentais e na Igreja; estaria valorizando um Walter Williams ou Machado de Assis e não um ser que somou negativo ao mundo como Amílcar Cabral.
O Movimento Negro não cresce quando um negro se torna doutor, mas sim quando um negro é assassinado ou preso. É o complexo do coitadismo que , levado até as últimas conseqüências, maximiza a já idéia de impunidade que está embutida em nosso sistema. Assim, não é de se admirar que sejam os negros a maioria da população carcerária. O jogo é esse: quanto mais os negros forem "aviltados", mesmo em só nível subjetivo e muito discutível, melhor para o Movimento Negro, que deveria é andar passo a passo com a Ku Klux Klan.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Observando


Há quem fale que pessoas de baixa renda são mais dadas aos vícios e a cometer crimes pela ausência de uma boa estrutura e suficiente educação. Esses seres vociferam fortemente para que tais pessoas recebam auxílios e assistências; associam diretamente, sem querer, o “belo berço” a uma alta atividade intelectual e capacidade virtuosa. Destarte, acabam sempre por corroborar, dentro dessa lógica materialista, que determinados indivíduos, os bem nascidos, poderiam governar e que esses são mais valiosos para sociedade. O fato é que tal fator conseqüente, que culminaria num regime aristocrático ou oligárquico, é inescapável dentro dessa perspectiva, não obstante, ainda assim, coloca-nos de sobressalto. Por quê? A explicação é dada pela doutrina cristã: a mesma que esses indivíduos cheios de “amor ao próximo” tanto menosprezam.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Atentem!


O ser humano, em sua incessante busca por respostas lógicas e derivadas de experiências catalogadas, repudia o Inexplicável, o Indecifrável, tornando-o um inimigo de suas limitadas perspectivas. Não pode de forma alguma aceitar a existência de algo que transcenda o palpável, o comprovável. 
Nessa busca incessante, o ser humano consome a si mesmo, deixando de ser homem para se tornar objeto e instrumento de sua branda visão do Horizonte. E iludido, crendo piamente ter encontrado o caminho para a Resposta, não se vê atado ao racionalismo antropocêntrico, que não só o cega, como o torna insensível.  
Não percebe que a Verdade pode ser sentida, e que não carece de ser posta sob cálculos ou medições, porque Ela em sua essência não é delimitável, tal qual a própria natureza humana. Esquece-se de que o próprio ser humano, fazendo-se objeto de estudo, não conseguiu até hoje se definir ou classificar, e seu comportamento não pode  ser tabelado, nem a intensidade de seus sentimentos medida, ou suas ações previstas com precisão. 
Tão preso ao Humanismo, ao Antropocentrismo, o homem deixa de sentir a si mesmo, e perde o que há de mais essencial em sua natureza. 

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Desejo



As luzes do dia me trazem,
A realidade: seca, amarga e crua.
As minhas fantasias desfazem,
Esses novos dias que chegam pela rua.

Maldito seja o que se vá.
Bendito seja o que ficou.
Nesse mundo de tão mal-estar,
Só o valoroso restou.

Muitos nossos tombaram,
Nas esquinas da vida.
Os deles se multiplicaram,
Nessa jaula maldita.

Nego o dia não porque nego a luz.
Nego o dia pois é onde as bestas imperam,
Onde não adianta nem mesmo uma cruz,
Para tudo aquilo que os bons velam.

A aurora foi já tomada,
E os dias se tornaram escuros,
Mas ela há de ser retomada,
E retirada desses infames impuros. 

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Pequeno ensaio sobre a verdade

O problema da verdade aflige bastante o homem. É incontestável a existência de uma verdade, ainda que muitos a vejam de maneira meramente factual, como a morte, por exemplo. No entanto, o descrédito por uma verdade mais completa, acompanhada pelo fetiche relativizante nos traz um absurdo cíclico. O homem perdura porque crê em algo, porque persegue essa verdade unânime e única que está fora dele. E é justamente por ela se encontrar fora dele que há tantas verdades para o homem. Não seria exagero dizer que há a Verdade e a verdade, centelha dessa primeira, parte de seu conjunto infinito. E a mentira, onde se encontra? A mentira reside na negação de uma verdade meta-humana. A mentira é superficial, na realidade, pois não existe em si mesma, dado que ela necessita de uma verdade para ser entendida e compreendida como mentira. A mentira é um delírio, é só uma verdade mais ineficaz atrás da Verdade. Por mais que muitos tentem exorcizar a idéia de uma busca pela verdade com relativismos tolos e pretensiosos, não se pode desdizer que esse ser não a busca – e nem mesmo ele pode dizer isso, senão da boca para fora. Até mesmo o relativismo absurdo se sustenta numa verdade para carimbar as diferenças de perspectiva. Destarte, há uma verdade muito além do homem, infinita em sua concepção e inexplicável na linguagem técnica humana.
A conclusão da existência da Verdade nos torna à felicidade e, por conseguinte, a uma compreensão mais perfeita de Deus. O homem tende, ou deveria tender sempre, a se aperfeiçoar, tentando atingir ao máximo possível o que se entende como Deus. A verdade é um caminho pelo qual o homem se esforça para Ser, em todos os sentidos. Ao se negar a Verdade, com a sua verdade, desboca-se num antro interpretativo fraco e tolo que se auto-destrói. A concepção de idéias de verdade, de verdades, não deve ser excludente: o homem não tem domínio para, ainda com a sua identidade humana, apreender a Grande Verdade. Entretanto, nem por isso deve negligenciar tal propósito de alcançar o infinito, visto que é inerente ao homem colocar pedras a sua frente, construindo um caminho, para seguir vivo. Quando se nega a existência da Verdade, busca-se, confortavelmente, negar a existência de um objetivo, de uma lição a qual todos devem se submeter. É mais confortável, portanto, negá-la, e é por isso que encontramos tantos relativismos e relativizadores por aí. E sim, a esses se deve censurar: não simplesmente por errarem, mas também por não buscarem estarem corretos, driblando assim sua substância natural.
Além disso tudo, é razoável dizer que há verdades mais verdadeiras, no que cerne ao homem. Diante do infinito que é a Grande Verdade, e que existe além do homem, todas elas se tornam insignificantes, mas, dentro de um ciclo humano, estar à frente, mais “próximo do alto”, é considerável. E quem são os que assim se encontram? Aqueles seres que assim se vêem através de sua temperança, coragem e sabedoria; de um equilíbrio proporcional e que ascende facilmente a todos os valores pregados por esse mundo decadente e imoral; aqueles que vêem a tradição não como uma imposição institucional mas sim como uma causa de sua própria índole; aqueles que desejam ir ao encontro de sua verdadeira essência.
O homem precisa retomar as rédeas de sua natureza, que vai além de um corpo, e trazer de volta os limites para assim mirar no incalculável. A construção de um mundo sem a idéia de uma Verdade a ser perseguida é como jogar toda a compensação pela vida no lixo e glorificar a humanidade por si e em si mesma, não instituindo sua característica mais importante, que é a de ser portadora de uma centelha da imensidão do tudo, do além.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Sabedoria de Chesterton


“Esse é o fato supremo e mais aterrador envolvendo a fé: que seus inimigos usarão qualquer arma contra ela, as espadas que cortam os próprios dedos e as achas que queimam as  próprias casas. Homens que começam a combater a Igreja em benefício da liberdade e da humanidade terminam jogando fora a liberdade e a humanidade só para poderem com isso combater a Igreja.
(...)
E, no entanto, a coisa pende dos céus, incólume. Seus opositores só conseguem destruir tudo aquilo a que eles mesmos com justiça dão valor. Não destroem a ortodoxia; destroem apenas o sentido comum e político de coragem. Não provam que Adão não foi responsável perante Deus; como poderiam fazê-lo? Provam apenas (a partir de suas premissas) que o czar não é responsável perante a Rússia. Não provam que Adão não deveria ter sido punido por Deus; provam apenas que o patrão explorador mais próximo não deveria ser punido pelos homens.”

Retirado de Ortodoxia, Chesterton.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

O paradoxo da moda do bom mocismo


Há um atual clamor popular que supostamente visa conter abusos e distribuir tolerância de todos para todos. O curioso é que uma das maiores acusadas de opressão é justamente a instituição que mais prezou pelo ser humano e a ele se doou: a Igreja Católica. Todos esses valores e essas idéias que estão sendo utilizadas para fins subversivos não existiriam da maneira que existem hoje se não fosse a Igreja Católica Apostólica Romana. Quem compilou as obras do mundo antigo, quem absorveu a lógica e a pragmática romana, quem inventou as universidades, quem instituiu as primeiras idéias de igualdade, quem primeiro se doou maciçamente ao trabalho filantrópico? A Igreja. Não obstante está sendo ela acusada de não fazer coisas que ela faz por seres que reivindicam  ações que nem eles mesmo praticam – ou alguém já viu um grande líder da esquerda envolvido em projetos de caridade? A coisa é cínica e fede. Aos hipócritas, eles mesmos e sua laia. Ao cinismo, a espada. Não há como dialogar com a mediocridade e a ignorância dessas massas pérfidas. 

Em uma realidade não tão distante...

Um primoroso diálogo fictício, mas que entoa posições e contra-posições bastante reais. Ei-lo:

''Adalberto Guarani-Kaiowá:

Tenho que discordar com as ideias, apesar de conter um primoroso estilo. Essa crença ilusória numa verdade una, inalienável e na condução de um progresso já é algo experimentado pela historiografia e visto como falho: existem várias culturas, vários povos, porque só a sua posição seria a certa? (aqui a velha insegurança pessoal)
A verdade, se é que existe mesmo algo assim, é plural, é de todos, é minha, sua e do homem da padaria, não una. Nossa historiografia já provou isso. (sodomia intelectual gostosa, porém equivocada)


Ser Pensante:
Adalberto,

Com todas as limitações que a honestidade intelectual me impõe, guardo algum respeito por teu posicionamento. Não me tomes por concordante com essa verdade de borracha que inexiste em si mesma, mas que apenas se faz pseudópode de toda a vulgaridade estandardizada que você aprendeu na Universidade. Não, se cá conservo algum respeito por esse posicionamento é porque só o posso tomar ANTES como uma doença de teu próprio espírito, que não destrói valores por perversidade, mas se põe como instrumento da destruição por mera carência pessoal prostitutiva. Tua verdade multipolar psicopática só deixa um caminho de ação para ti, caso vá segui-la com coerência: a omissão. Se nada há de verdadeiro, de solidamente correto nesse mundo onírico que viveis a estudar na cátedra, por nada vale a pena lutar, por nada vale a pena mover uma palha. Se todo mundo é especial, então ninguém o é. Guarda-te, portanto, em casa, esquece o ativismo indígena que te mutila a coerência contigo mesmo e te junta à nobre massa dos que não agem na vida por terem sido vítimas da ignorância. Em teu caso, no entanto – onde a ignorância é voluntária – dou mais um conselho: CALA A BOCA, BURRO! Napoleão há muito descobriu o perigo que ignorantes com iniciativa representam para uma comunidade. Ignorantes voluntários com iniciativa vaidosa e orgulho presunçoso desse quadro, apenas servem para serem esmagados como baratas, antes que contaminem tudo o mais. Se acreditas mesmo na construção de um mundo melhor (o que é um estouro de incoerência), poupa esse mundo de tua ação, ou então lapida-te a ti mesmo. Passa bem!''

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Recuperemos!

A sociedade moderna está desnorteada. Falta pulso, falta impulso. Falta coragem para enxergar, falta honestidade e humildade para reconhecer. Falta fibra para agüentar, falta força para vencer. Falta o homem de antes, que mesmo em meio a certa ignorância possuía um saber muito maior de todos os que hoje circundam no mundo: o saber de si, a ciência do que querer e o desejo do por que lutar.
"Batalha de Poitiers"

O ateu


O ateísmo é uma doença da alma. O enfermo não percebe nada além de si mesmo. É um megalômano, egocêntrico. O termo de ateu leva consigo, inerentemente, a prodigalidade. O ateu é um esnobe: ele crê em si somente e em nada mais. A ascensão dessa doença se deve a uma profunda crise de ordem moral e de julgamento. O ateu redimensiona o homem como algo cujo fim está em si mesmo. Flerta com um niilismo suicida e abre mão de responsabilidades. Não raramente percebo num ateu um excessivo descompromisso – é a tal da covardia que citei em postagens anteriores. O ateu clama a razão todo o tempo, mas só até determinado ponto, pois ela o faria duvidar até de sua própria crença. O ateu é um omisso, um vaidoso e um perdido. Não só não crê em Deus ou em algo além, mas crê vivamente na crença de que não há algo além. É um dos efeitos colaterais da modernidade, uma conseqüência inevitável e fatídica. Atrás de todo um arcabouço de descrenças ateias jaz a hombridade, a humildade, a coragem e o compromisso para com o que te faz elevar-se, ir adiante e aperfeiçoar-se. Que sentido tem a vida de alguém que acredita que si mesmo fora um acaso? O sentido que ele desejar. Nenhum homem pode viver sem uma crença. No caso do ateu, é só uma crença diferente: ele crê em si, em toda a sua potencialidade e sagacidade, negligenciando a sua própria natureza em favor de seus próprios vícios. O ateu é o seu Deus; o ateu é um doente. 

terça-feira, 27 de novembro de 2012

A guerra de informação

"Os grupos se reúnem, constroem um site, todos escrevem seus valores, aplicando-os em comentários aos acontecimentos atuais e atacando os grupos antagônicos apenas por ali. Em meio a isso cada um deles carrega um estandarte que bem representa o seu conjunto de ideias e que faz com que o homem moderno, ratinho de escritório, fique com um pé atrás diante de tudo o que aquilo informa, afinal ninguém mais quer comprometer-se - a fundo - com valor algum. E aí estão todos esses grupos deixando sua marca no mundo apenas em textos publicados, comentários sobre a situação atual e pequenos longos debates virtuais, mas sem levar ninguém ao vigor de uma ação eternizante. Seu poder de influência jaz na mentalidade lúgubre do homem moderno, que foi adestrado para não dar lá tanto valor a valores. E assim, toda a verborréia tem um alcance deveras limitado no mundo prático. Toda essa informação, todo esse resgate cultural já não conquista corações e mentes, porque a maioria dos corações já estão preocupados demais com a hipertensão para se envolverem, e a maioria das mentes... a maioria das mentes apenas foge das verdades eternas, já que a Ação dessas verdades precisaria se apoiar em corações melhores. E isso tudo acaba por me lembrar de quando o Huxley diz que "três quartos do tempo não estamos em contato com as coisas, mas apenas com as palavras que as representam. E muitas vezes nem mesmo com elas, e sim com essa infernal algaravia metafórica dos poetas"."


De mais um dos colaboradores. 
Que fique a reflexão.

''Onisciência''


O homem de hoje perdeu a humildade. Duvida de tudo, exceto de si e da sua dúvida. Está louco e incontrolável. Também está sendo incitado e incita a isso. É devido a esse orgulho miserável e a essa convicção cega só em si mesmo que tantas idéias e fenômenos decadentes estão vindo à tona. A humildade descartada não o permite se submeter a verdade alguma. Tudo é certo – desde que se deseje. Aonde isso nos leva? A completa insanidade! Como bem disse Chesterton, “O louco não é um homem que perdeu a razão. Mas sim um homem que perdeu tudo, exceto a razão”. 

domingo, 25 de novembro de 2012

A razão não se explica


“Por que as coisas caem? Porque há a gravidade. (...) Qual a relação? A relação de atração entre corpos. Por quê? Porque toda massa produz, o mínimo que seja, oscilações na dimensão e se inter-relacionam. Por quê? (...)”

Perguntar-se o porquê das coisas e o porquê delas se comportarem tal como se comportam nos faz perceber que elas possuem uma natureza inata, uma essência; que são regidas por “leis” metafísicas e que não possuem explicação em si. Ainda que se consiga explicar o que agora não se explica, pode-se, doravante, indagar o razão disso que agora veio à tona , que veio a acontecer. E o que se terá? Mais uma indagação sem resposta.

Pegando os liberais pelo pé


"Defendendo uma liberdade individual que ultrapassa as barreiras do razoável, os liberais de hoje têm tratado o sistema normativo como uma imposição estatal que os impede de viver suas próprias vidas da forma como venham a desejar. Temas como aborto, utilização de drogas e reconhecimento de uma parceria homossexual como instituição familiar têm grande repercussão em seus debates e suas agendas.
Entretanto essa forma de raciocínio é um tanto imatura, uma vez que desprezam outros princípios fundamentais para a estrutura e harmonia da sociedade. Os ideais libertários tentam separar dois fatores que não sobrevivem de forma autônoma: diminuição do Estado e a moral judaico-cristã, representada esta última pela instituição familiar.
Não há nem mesmo como manter o liberalismo econômico sem conservar a moral judaico-cristã e, portanto, a instituição familiar. Sendo a instituição familiar a base da sociedade e a força motriz da propriedade privada, em sua ausência o indivíduo estaria novamente vinculado ao Estado, pois dependeria deste em qualquer momento de crise. Tomemos o exemplo da velhice, da pobreza acidental ou algum problema de saúde que seja: ao passo que a instituição familiar serviria de sustento e mecanismo de recuperação para a vítima de algum desses males, o indivíduo até então autônomo e sem uma família de guarnição dependeria de serviços públicos que pudessem auxiliá-lo, tal como saúde pública, projetos sociais e até mesmo um abrigo.
Portanto tratar de liberalismo sem levar em conta a moral cristã torna a liberdade um passo efêmero, que tropeçaria ao primeiro acidente ou crise. Nisso muito me deixa preocupado ao perceber que os que não são da esquerda, muitas vezes estão aliados com o liberalismo em sua plenitude, beirando ao anarquismo – e disso boas coisas não podemos esperar. "

Outra boa contribuição.

sábado, 24 de novembro de 2012

Grande lição


Em um futuro não tão distante


''Um dia terão filhos e os verão agindo como animais que põem o direito de realizar os impulsos fisiológicos acima de tudo no mundo enquanto que correm loucamente atrás da vaguinha no concurso público, que será então fonte de renda de 60% da população e que os permitirão continuar atendendo a isso tudo sem lá muito sacrifício. E quando o caos já for irremediável, quando finalmente estiverem inclusos nesse Admirável Mundo Novo, reclamarão de forma vã da "tirania fantasma" e não saberão como desfazer isso tudo, então fechar-se-ão em suas ilhas e, por uma questão de sobrevivência, entrarão na prazerosa dança da cegueira moral.''

Previsto. Anotado. Mundo atual: tens de ser combatido.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Liberais: marxismo cultural maquiado


Os liberais clamam pela liberdade individual,  pela "diminuição" do estado, mas defendem e/ou são coniventes com políticas que o estado está a nos impor. A exemplo das políticas que terão como fim a dissolução da instituição familiar: um indivíduo sem o resguardo e o apoio de sua família fica entregue a própria sorte e tornará a voltar para o estado... Mas, penso cá comigo, que eles já sabem disso...



A covardia do homem moderno: a esquerda


Uma coisa que se pode notar no mundo de hoje, tomado pelo bom mocismo e pelo politicamente correto, é a covardia. E é na covardia pessoal que reside toda a essência da esquerda. Não se procura reconstruir nada. Busca-se destruir tudo e começar outra coisa. Há um medo de se enfrentar, de ir à luta, de conservar o que há de bom no mundo. Se há falhas, culpa-se a sociedade, a circunstância e o evento, pois se a teoria é perfeita a realidade assim também deve ser. Não é à toa que vemos tantas coisas deixadas pela metade hoje em dia, como, por exemplo, a própria união matrimonial. Outro bom exemplo que ilustra a covardia do homem de hoje é o excessivo número de crenças religiosas. O homem, imperfeito por natureza, que nasce ignorante e completamente alienado, não mais quer evoluir e se adequar a nada: ele quer que tudo se adeque a si, aos seus defeitos; que tudo afague suas lacunas e seus vícios. Ele não quer ser incitado a melhorar, ele não quer ver seus vícios: ele acha que não os possui. Assim é a esquerda: idealista, utópica, perfeita em teoria. Se a realidade está ruim, que se destrua a realidade, pois ela não comporta afagos para um “eu” psicótico, megalômano e com delírios de perfeição. 

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Resgatai!

"Adiante, por sobre os cadáveres!"

"Entrada dos cruzados em Constantinopla, 1204 - G.Dore''

Verdade Absoluta


A existência só tem sentido quando se busca aperfeiçoar-se como indivíduo. Sendo que a perfeição carece de um senso, um norte, tem-se uma verdade, a verdade. Percebe-se, portanto, a verdade absoluta como mola mestra para dar sentido à vida. Mas que fazem os seres hoje em dia? Negam a verdade, instituem "verdades". Destroem o substrato espiritual do homem e o condenam a orbitar em falácias e a ser brando ao lidar com suas próprias falhas, e, por tabela, eles acabarão tendo de ser coniventes com as "falhas" dos demais. Oras, "se Deus está morto então tudo é permitido". 

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Lógica de hoje


A lógica de hoje é a seguinte:
Um sujeito crava um dos teus com balas e o mata. Se o acusas de assino, ele responde que só atirou e que a vítima é que se deixou morrer.
O pior? Muitos se convencem disso.

Niilismo, relativismo e eu.


Há de se negar o racionalismo exacerbado, o cientificismo de fetiche; há de se negar a razão unilateral que vai até as últimas conseqüências. Há de se negar o palpável, a argumentação ideológica de hoje: hipócrita, delirante e para fins subversivos e destrutivos. Há de, sim, voltar para a fé. Eu bem o sei o quão é-nos hipnotizante todo esse delírio infindo de conceitos, de visões de mundo; onde tudo é permitido, nada negado e onde tudo pode e, praticamente também, deve ser concebido. Eu já fui até as últimas instâncias da razão, do discurso, das críticas, da subversão. Fui tolo e arrogante. Desci aos infernos do niilismo. Desacreditei em tudo. E se engana quem acha que o mal tem efeito e existência em si: o mal é simplesmente ausência. Eu nada mais tive, nada mais me importava. Eu queimei nas labaredas do vazio, na vastidão do inferno do nada. Eu tentei seguir os grandes gênios, sem atentar-me para o fato de que todos inconscientemente suicidaram-se, perderam-se. E quando se vai, digo-te: é difícil voltares. Tanto por orgulho como pela escuridão. Estás tão cravado nas mentiras, nas omissões, nas verdades das incertezas, que nem mais fé em ti tens. E muitas boas mentes eu vi perderem-se nesse vasto campo das blasfêmias, nesse mal, nesse inferno. Eu perdi-me por anos. Mas por algo que não sei explicar, tornei a encontrar o caminho e voltei. Voltei do nada, das inrazões, das incertezas, da sedutora lógica que ilustra a hecatombe nossa. Eu neguei minha arrogância, minhas convicções sobre as inverdades, o meu descaso com os casos... Eu não voltei inteiro disso, confesso. Mas voltei. E cá estou. Certo de mim, da luz que nos guia e que também queima em nosso peito. Há de se negar as lógicas em si mesmas, as filosofias decadentes, as lógicas suicidas e as perspectivas que anulam as verdades. Todo esse mundo de um ideal decadente só nos faz morrer enquanto vivos. Também pudera: é criação dos homens, fruto de suas vaidades. Não há nada pior que isso porque corroboras tuas verdades nas verdades opostas, de outros, sendo que te perdes nesse joguete infinito, estancando-se. Deixai disso! A fé é a coisa mais importante que há. Mas cuidado: há crenças demais por aí. Não te deixas levar, não te deixas conduzir. Confia em teus instintos: tua essência conhece mais o mundo do que toda tua mente há de conhecer um dia. Crê nas coisas atemporais, que estão aqui antes de nós, e que estarão também após nós. Não te perdes e não te enganas: a verdade é simples e acessível. Ela não tem luxos nem vaidades: ela não quer se pôr além de todos. Ela já está em todos. Está em ti. Seja seguro, confie em si e confie na chama. Clame e grite. Cerra os punhos e golpeie o mal de todas as formas. A razão só nos dá incertezas. A fé é a única coisa que nos dá certeza. 

sábado, 17 de novembro de 2012

Para refletir


“Admiro-me, de que vós, que participastes de tantos e tão grandes combates, vos esqueçais de que os que estão fatigados dormem um sono mais suave do que os que vivem na indolência. Não vedes, comparando vosso gênero de vida com o dos persas, que nada há de mais servil do que o luxo e a moleza, e nada de mais nobre do que o trabalho? Aliás, como poderá sujeitar-se a tratar do seu cavalo, a lustrar sua lança e seu capacete aquele que tiver perdido o hábito de empregar as mãos no cuidado de seu próprio corpo, que lhe interessa tão de perto? Não sabeis que o meio de tornar duradoura a vitória é não imitar os vencidos?”

Alexandre Magno para seus homens sobre o comodismo e a prodigalidade deles após as conquistas. 

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Pena de morte


Sim, defendo a pena de morte. Defendo a pena de morte para seres cruéis, imorais e sanguinários. Suas existências atentam continuamente à harmonia social. As pessoas atualmente estão dadas a se assombrarem quando um policial abusa do poder, mas virou senso comum constatar crimes mesmo sabendo que o meliante sempre abusa do poder. No caso do policial, sim, nós confiamos a ele nossa segurança. Houve um acordo explícito. No entanto, com o marginal, não há também um acordo? Óbvio que há. É o acordo tácito da moral e do bom senso; é a velha história de minha liberdade cessar ao começar a sua; é o fato de eu não te matar quando divergirmos, nem te roubar quando tiveres algo que me chame atenção. Todos que vivem numa sociedade hão de respeitar os princípios básicos, necessários, para que se estruture qualquer comunidade. Os que negligenciam esses princípios, devem ser excluídos. E os que negligenciam esses princípios com doses de crueldade, devem ser mortos. É justo darmos o mínimo de humanidade para alguém que arbitrariamente quis retirar a vida de um outro, e de uma forma bruta? Não. E se vierem me acusarem disso e daquilo, que me acusem. Assim como o marginal tem um afã pela crueldade, eu tenho um afã para cessar com sua vida. Deus conhece nossas falhas e limites. A Ele eu prestarei contas.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Crê em Ti!


A lógica deve ser usada só até determinado ponto. Após isso, fala-se o espírito, a autoconsciência. É necessário pensar, meditar e, sobretudo, sentir. A mera retórica é a arma dos vermes e dos imponderáveis. A retórica que finda na fé e na espada é a arma dos bravos. Conheces-te e sentes o flamejar de tua alma. Sabes de certas coisas antes mesmo de realmente as conheceres: usas teu jnana e todos os teus atributos atemporais. Vai-te, homem! Seguro de si, seguro em tua fé, inesgotável e de modo invencível, porque não te prendes a nada "daqui", não se deixando tomar pela erosão, e lutas com o amor e a força do Eterno, por esse mundo e além desse.



Firme

"E hoje em dia o que conta - precisa e exclusivamente - é o trabalho de quem souber conservar-se dentro das linhas da superioridade: firme nos princípios; inacessível a qualquer concessão; indiferente perante exaltações, as convulsões, as superstições e as prostituições a cujo ritmo dançam as gerações modernas."
J.E.

Homossexuais: direito em demasia; consequência perigosa


Há quem se espante quanto a minha reação à união homossexual, adoção de criança por esses e similares políticas que figuram na moda. Sendo prático e indo por partes: a união homossexual é o primeiro passo para o reconhecimento de um casamento homossexual. Em seguida dar-se-á a eles a interpretação de mais um núcleo familiar. Por tabela, a adoção de crianças por casais de mesmo sexo será algo mais do que legal – juridicamente falando.
As crianças adotadas não serão normais. Primeiramente, serão no mínimo coniventes com práticas homossexuais e a cartilha gay. Por que não seriam? Serão criadas num seio “familiar” assim. Do contrário, tornar-se-ão rebeldes por excelência – e só isso já seria o suficiente para um bom contra-argumento a essa adoção. Mas imaginando que não se “rebelem”, que há de acontecer? Sendo muito otimista, tais crianças se tornarão heterossexuais de boa índole que darão continuidade ao natural processo da formação familiar. Mas ainda assim serão praticamente ativistas gays – ainda que não sejam gays. E disso já estamos cheios. Entretanto, tentando explorar o horizonte de eventos de modo mais geral, há estudos que revelam a deficiência de bem-estar social e psicológico por essas crianças, vitimadas pela sociedade do “bom-mocismo”. O mais recente que li, foi um de junho, da Universidade do Texas. Ele demonstra, comparando a criação de crianças por casais homossexuais com a por de heterossexuais, o quão dada a promiscuidade e ao consumo de drogas são os seres que cresceram com um casal de mesmo sexo se comparados a outros provenientes de uma “família tradicional”. Uma boa observação, também, foi o fato de que quase ¼ deles sofrem/sofreram de abusos sexuais (os outros foram só 2% de casos), ou seja, quase vinte e cinco por cento. Além disso, o desempenho escolar foi baixo, fraco e eles foram pouco incentivados a melhorarem.
O problema com esses estudos não é que sejam “provavelmente tendenciosos”, como muitos dirão, mas sim que não se vêm a público. A mídia e outros veículos os sufocam. E isso já é um grave sinal de que não há honestidade nessa imposição de valores: não se quer balancear nada. E por que digo imposição? A família é fruto de uma necessidade natural construída através de séculos. Não ditada por uma minoria a uma maioria, mas sim uma associação de uma maioria para uma melhor construção de vida e desempenho em sociedade. O que se vê hoje é uma tentativa de infligir uma ordem natural que cessa bruscamente com os valores e nos leva a uma jogatina de um relativismo delirante. Ah! E antes que falem que certos heterossexuais são dados também a condutas depravadas, eu concordo: censuro-os sem dó, impiedosamente. Mas dizer que não há diferenças entre um casal homossexual e um heterossexual é uma observação mentirosa. A diferença nos salta aos olhos e são mais do que notáveis.
Não obstante não quero falar que homossexuais sejam dados, necessariamente, a hábitos decadentes e que não possuem bom senso. Eu afirmo que a maioria, sim, é dessa forma. É só ir a uma passeata gay de uma grande metrópole atual. Imaginar a monogamia, entre eles, de uma maneira geral, é ridículo. Não possuem, na maioria dos casos, critérios de julgamento. Destarte, não podem e não devem adotar crianças nem exercer grande papel formador na sociedade – não se utilizando de sua “identidade gay”.
Por que me meto nisso? Porque a família é o núcleo celular do estado, e do contrário do que muitos afirmam, é, sim, interesse público e coletivo que a família funcione bem, e desse modo é dever de todo cidadão discutir isso e “se meter na vida alheia”. É de interesse social que se cuide bem de crianças, ou que se minimize o máximo possível a chance delas males sofrerem. Então, sendo você um indivíduo que infelizmente não pode escapar de um mundo social, tens o total direito e dever sobre opinar no que eles chamam de “felicidade alheia”. Deveras, imagino que haja alguns gays dispostos à monogamia e a cuidar de crianças. Mas são poucos. Tal como há presos cumprindo uma pena por um crime que não cometeram, sofrendo injustiça, há homossexuais muito bem conscientes. Mas são regra? Não, são exceção, tal como o presidiário que cumpre uma pena injustamente. Seguindo a lógica que nos querem impor, fará, então, tanto sentido consentir direitos mais aos homossexuais (sim, porque os homossexuais sempre tiveram tantos direitos quantos “nós” ou não perceberam isso?) como faria sentido abrir os presídios em prol dos que lá estão por azar. Seria razoável?
Por fim, deve-se olhar o movimento homossexual não como algo que tem fim em si mesmo, mas sim como mais um agente do globalismo mundial que atenta contra a destruição dos valores e da moral ocidental. Quando se estuda o histórico do movimento gay, vê-se o caráter estritamente político dele – é escancarado. Não há solidariedade, preocupação e amor ao próximo aqui. O que há é mais uma estratégia e só mais um front dessa guerra cultural em que vivemos hoje. 

Vindo a calhar

"O Grande Homem... é mais frio, mais duro, menos hesitante, e sem medo da 'opinião'; faltam-lhe as virtudes que acompanham o respeito e a 'respeitabilidade', e inteiramente tudo aquilo que é a 'virtude do rebanho'. Se ele não pode liderar, vai sozinho... Sabe que é incomunicável: acha insosso ser familiar... Quando não está falando consigo mesmo, ele usa uma máscara. Há uma solidão dentro dele que é inacessível ao elogio ou a censura."
F.W.N


sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Sobre a esquerda


Sendo que a esquerda tem em sua essência e origem a ambição de homogeneizar ideologicamente a sociedade, destruindo com qualquer aspecto ideológico que vá de encontro às suas idéias, é mister que para a sobrevivência de um regime republicano e democrático a esquerda não exista. Montesquieu traçou excelentes discursos sobre a igualdade, sociedade, diversidade de opiniões etc., além de ser um dos pioneiros na perspectiva de enxergar um regime republicano democrático, não obstante não se valeu de nenhuma ideologia pré-fabricada para isso. Tampouco tantas outras figuras ilustres aludiram a um arcabouço senil, ambicioso e megalômano. Portanto, reafirmo: toda prática social que  tenha fim em si mesma (entenda simplesmente como "bondade"), que não possua um resguardo ideológico que anseia ser Deus ou qualquer coisa do tipo, não só pode como deve perdurar. Todo o resto, não. A esquerda tem de ser destruída o quão antes. Não deve agonizar, não deve morrer. Deve, sim, ser a pioneira na prática da "inexistência". É necessário um natural conjunto de valores para que uma nação se veja como tal; é necessário um ponto de partida em comum. Em todo o mundo, a esquerda impôs os valores e provocou somente estragos. Como a desigualdade não nasceu com o "capitalismo", a idéia de igualdade e de justiça não nasceu com a esquerda. Tudo o que ela propõe é blasfêmia e falácia. Ela deve desaparecer, inexistir  bem como a todos que a seguem.


Así Sea.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Fique claro



Não temo o mundo atual, moribundo. Tampouco temo as tempestades que estão por vir. Estou certo de mim mesmo e sinto o clamor que jaz em meu espírito. Eu não receio as tempestades, os turbilhões, o caos, o fim. Eu as anseio. Anseio como nunca antes ansiei tanto a algo. Que venham! Serei morto? Provavelmente. Matarei? Provavelmente. Mas mais do que uma vítima ou um homicida, eu Serei.

Constatando

Não há vítimas, não há como haver vítimas. Há só algozes mais saciados e menos maléficos.

Boa reflexão - autor desconhecido


"A liberdade não se apregoa: exerce-se!
Por isso mesmo, não há regimes livres, nem economias livres, nem sociedades livres, nem, tampouco, ideologias ou religiões libertadoras. O que há ou não há é homens livres. E a única dimensão em que o homem consegue manifestar genuinamente a sua liberdade – que é a sua, intrínseca e humana liberdade, mas jamais absoluta ou dissoluta - é a dimensão do espírito. Ora, o que geralmente se assiste é a espíritos atrofiados, soterrados e acorrentados a bandulhos pantabsorventes em vociferante pregação e descabelada pugna por regimes livres, mercados liberalíssimos, sociedades liiberdadérrimas! Não admira: o paraíso terreal sempre foi uma ânsia e uma construção de escravos. Donde decorre que o éden planificado descambe invariavelmente no parque policiado, no presídio geral e na masmorra colectiva.
A liberdade, como exemplifica (segundo Aristóteles) o único Ser realmente livre do cosmos, tem um preço: a solidão."

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Liberais, deixem...



Faz necessário juízo de valor para julgar, para conceber, para ter senso. Pressupõe-se a isso uma igualde de pensar, similar agir entre os indivíduos – ou uma pretensa idéia que se desenvolveu naturalmente. O culto a todas as formas de pensar e agir não contribui em absolutamente nada para a sociedade. É uma conurbação momentânea, fetiche ideológico, marxismo cultural transvestido. Todas as ações e reações de um indivíduo começam e cessam em valores. Valores esses que têm de ser coletivos, caso o contrário abre-se mão de conviver em uma sociedade e de se ter uma nação, pátria. A ruptura desses valores, proposta (e também imposta) pelos liberais , onde o único norte deve ser só e somente a economia, leva-nos a um caos latente, e corrobora com a agenda marxista. É delirante querer tratar de assuntos econômicos, administrativos e jurídicos sem antes haver um arcabouço sólido de valores. E para que existam os valores, é necessário as instituições e o culto a tradição. Destarte, o liberalismo e essa sua nova onda valida o globalismo mundial. Todo o liberal é no mínimo um cúmplice –  mesmo que por acidente – da hecatombe da humanidade. Os que não fazem isso com consciência, estão vendendo a corda para se enforcar. 

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Reflexão acerca de nós e da Igreja


Que se quer a Igreja, afinal? A Igreja quer levar “a palavra de Deus” ao maior número de homens possíveis a fim de que eles a sigam e a pratiquem. Eu não conheço nenhum homem que melhor siga as “palavras de Deus” do que um padre, por exemplo. A meu ver eles são, não raramente, espelhos de freqüências divinas, de um incognoscível. Entretanto quer-se que todos os homens sejam padres e acabem por serem santos? Não, não é a pretensão dessa instituição.
Carregamos em nós a eternidade, mas estamos num mundo material: não somos deuses, somos homens. O papel da Igreja é de um transportador, por assim dizer. É como quando se deseja transportar algo e dependendo das circunstâncias e do tempo usa-se o meio mais eficiente para executar esse anseio: um automóvel, se houver um terreno bom e plano; um navio, se só houver águas. A Igreja é o veículo que mais perdurou com os valores – que são intrínsecos aos homens, até mesmo àqueles que deles se distanciam. Não é a toa que diversas culturas, separadas por infindos quilômetros e séculos, desenvolveram inúmeras perspectivas similares, inúmeros valores parecidos, inúmeras morais quase que comuns. Desse modo, a Igreja, hoje, deve ser defendida porque ela ilustra a carruagem que melhor reflete os nossos valores; ela é um ícone e também uma prova; uma bússola. No entanto a Igreja deve ser também defendida si mesma, da corrupção que está em seu seio, pois embora seja uma instituição com desígnios atemporais, é feita por homens e não está incólume a vícios.
Chega-se a Deus, ou ao metafísico, pela lógica e também pela “fé”. Há o que se está fora daqui – e a isso se sente. Não importa o que e como se queira argumentar: quem a isso tudo ignora, deve é ser também ignorado. Destarte, há os valores sublimes, em seguida há os instintos, doravante há o mundo no qual estamos. Todo o resto é mistério. Mas sentimos o clamor do além, da perfeição, e devemos tomá-lo. Mas não de joelhos, e sim em triunfos. Não em preces, mas em atos. Não em resignações, mas em superações – e não me espantaria se "Deus" desse mais crédito ao sangue de um guerreiro do que aos pedidos de sacerdotes...

domingo, 4 de novembro de 2012

Isso!

"É preciso ser superior à humanidade pela força, pela altura da alma   pelo desprezo."
F.W.N

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Brasil de hoje

... O legado de homens como Rui Barbosa, Bonifácio de Andrada e outros foi (infelizmente) esse: uma pátria doente, letárgica, fraca; com um povo submisso e escravo de suas fadigas; herdeiro de suas próprias ruínas e vícios.

sábado, 20 de outubro de 2012

Tem de se varrer com força


"Não tem absoluto amor pelo bem quem não tem um proporcional repúdio pelo mal."

Evágrio Pôntico

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Apelo



Ocidente, não esqueça de quem tu és filho. Não dê as costas para tua genealogia. Sê fiel, sê quem tu és e não te deixes corromper. Sê firme. Não ceda. Tome o espírito de outrora. A guerra acontece e é necessário força. Cerra a mão na alegoria da cruz e crave a espada no resto.


quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Nego-te e exponho-te



Consome-se uma vida desgraçada e segue... é o costume. O costume do homem médio, da massa; o prelúdio do fim.

O agora é terrível. Ou o matas ou ele a ti. 

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Que se "É"!



Tal como algo que se quebra não pode desquebrar, a expansão não se comprime.


Saudai o eterno!

Vícios atemporais e universais

"Estou contente comigo por causa da minha pobreza. Quando era rico, era obrigado a prestar homenagens aos caluniadores, sabendo muito bem que estava mais em condição de ser prejudicado por eles do que prejudicá-los: a república sempre exigia-me uma nova contribuição; não podia ausentar-me. Desde que sou pobre, adquiri autoridade; ninguém me ameaça, mas eu ameaço os outros; posso partir ou permanecer. Os ricos já se levantam de seus lugares e me cedem a prioridade. Sou um rei, era escravo; pagava tributo à república, hoje ela me sustenta; não receio mais perder, espero adquirir".


Cármides, personagem do Banquete de Platão em A República.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Quem fica; quem vai.



Lembro de quando caminhava entre todos e minha mente estava ali, acessível, ingênua e harmoniosa.
Mas passou.
Hoje em dia me escondo na neblina do marasmo cotidiano e sinto que nenhuma mente humana seja capaz de chegar aonde me encontro: nesse cume alto, além, distante, solitário e que segue subindo, sumindo, entre as brumas angustiantes das cismas provenientes de minha descrença na humanidade.



O valor e o valoroso


Estou desafiando – sozinho. Estou lutando – sozinho. Estou clamando – sozinho. Estou tentando – sozinho. Estou perdendo – sozinho. Estou perecendo – sozinho. Estou duvidando – sozinho. Estou lamentando – sozinho.  Estou chorando – sozinho. Estou destruído – sozinho. Estou esquecido – sozinho. Estou só – sozinho.

(e Ele clama através de tudo: Não!)

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

É isso

As palavras são fracas; a espada é necessária para nos fazer cantar.


domingo, 14 de outubro de 2012

A você


Homem moderno, a pena que você me inspira é causa do ódio que também te devoto. Às vezes penso que és a pura e perfeita decadência; o fim do poço; a ilustração de uma derrocada; um fracasso ansioso. É como se o mundo ecoasse através de tua existência falando “a desgraça existe, ela está aqui”... 

Vê o que há



E o tempo não apaga aquilo que marca, mas destrói aquilo que é vão. O raso se vai, esvai-se, mas o Homem permanece: entre as tempestades, entre as adversidades... Serena e calmamente, de modo inflexível, confiante na lealdade que ele conhece como honra; olhando para frente, tenazmente, e fitando a chama que emana de si mesmo.
Mas o tempo... destrói aquilo que é vão.




Sê guerreiro sempre



Inimigos me cercam. De meu lado só vejo os cadáveres de meus companheiros. Estou só. O mundo está ficando cinza e o vento já soa como um lamento. Hesito: os inimigos são muitos e estão a vir em minha direção para findar-me. A mentira vem à galope liderando exércitos tão vastos quanto a minha visão. Estou cercado, estou cansado. Tentam me persuadir com suas calúnias. Não há o que fazer. O mundo se perde. Uma nova era surge e eu não quero estar vivo para vivenciá-la. Empunho com receio a espada e observo a multidão demoníaca. Ouço um sussurro.... Agora eu sei, agora não mais temo e nem hesito: sinto o peso de toda a História de meu lado, de todo os grandes homens que essa terra teve o privilégio de receber. Seguro com força a espada e caminho em direção aos meus inimigos. Minha velocidade aumenta, aumenta, aumenta e em passos largos, com todas as glórias e a coragem de gerações passadas, tomo o caminho da eternidade.




                                



A priori


Ou o homem segura sua vaidade ou se torna escravo dela. E o que é a vaidade senão um fetiche por si próprio; essa coisa extremamente materialista: atual principal argamassa para a bancarrota dos valores e por tabelo do mundo? A vaidade é destrutiva.

(''Eu não posso mudar o mundo, mas o mundo não me mudará.'')