Se não crês verdadeiramente numa verdade, num determinado
caminho a se trilhar; se não crês num certo e errado, não podes a nada julgar. E
não julgas porque não tens parâmetros. Se não julgamos, como iremos agir, como
mudaremos o que há de errado? Não adianta virem dizer-me que o mundo não carece
de julgamentos. É só olhar ao lado que te pões de sobressalto. O fim da convicção
é o nascimento da inércia cômoda e covarde que nos enche o mundo atualmente e
que nada contribui para melhorá-lo.
sábado, 29 de dezembro de 2012
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
Vá!
Reclamam de minha ira?! Que reclamem! Pois reclamam somente
aqueles que a provocam. E os que a provocam não merecem nada, nem mesmo o
amanhã! Mas ai de mim! Não bato um martelo para todo um coletivo! Minhas ações
e reações são mais vis-à-vis e individuais. No entanto, de uma coisa estou
certo: a coisa mais nobre que a maioria desses infames de hoje poderiam fazer
para si e para o mundo seria findar-se. O amanhã só revelaria mais uma descida
nesse buraco sem fim de vergonha, falta de caráter e honra.
terça-feira, 25 de dezembro de 2012
Sobre os incrédulos e revoltados
Ser criado num lar católico, cristão, e depois se deparar
com a triste realidade do mundo não é fácil. Penso que a maioria dos incrédulos
de hoje o são por se sentirem injustiçados, enganados. Não só o mundo vem à tona
como um lugar mesquinho: os seus entes, que tanto antes admiravam, têm suas
falhas e vícios mais visíveis a nós quando chegamos a certa idade. Não é a
descrença súbita, proveniente do nada, que emerge, mas sim a sensação de ter
sido traído por tudo aquilo que era para si mais caro e imaculado no mundo. E
assim muitos ficam: secos, quietos, carrancudos e até mesmo revoltados. Não
raro percebo ira em manifestações de supostos céticos e/ou ateus. Na realidade, não era a religião que eles queriam culpar, mas sim o mundo, os homens. No
entanto, a “religião” se deixa ser culpada. Por quê? Porque ela é bela e além.
Porque ela tem em si um dos mais belos e necessários dons para o
desenvolvimento do homem como ser: o perdão, e só através dela se pode perdoar. Entretanto,
eis que cá estamos: um mundo cruel que se torna cada vez mais cruel com os
homens distante de Deus: incrédulos, vaidosos, materialistas até os ossos... Não
perdoam a traição da mais terna idade; não perdoam os seus, não perdoam a si e ficam
presos numa gosma que gruda, estanca e os adoece. Os seres de hoje não perdoam
aquilo que hoje lhes perdoa e não percebem o que lhes está na face; não crêem mais no pecado e no erro, só em seus desejos e vícios. Se não há pecado, então, não pode haver perdão... Os homens suicidam o seu espírito hoje em dia.
sábado, 22 de dezembro de 2012
Sobre o tema “propriedade privada”...
(uma análise bem fria e objetiva)
A propriedade privada é legítima por natureza. Muito me espanta que
céticos, ateus e comunistas tanto mal falem sobre ela, porque suas críticas não
têm base senão em princípios "religiosos", ou criações de um “eu” atordoado e
doente.
Rousseau errou. Tanto errou que perdeu o concurso em que tentou emplacar
o famoso discurso sobre a origem da desigualdade entre os homens. Esse discurso
é bastante interessante – ao menos para mim. Vejo muita coerência em inúmeras
análises, mas um grande erro na conclusão sobre essas análises.
Rousseau diz que a origem da desigualdade
entre os homens reside na criação da propriedade privada. De certo modo, está
correto pensar assim. Entretanto, ele tenta explicar que essa desigualdade, que
a existência da propriedade privada, está assentada em algum fator social, em
algo que se corrompe; que todos os homens nasceram iguais e, pela própria e
única ação do homem, ou de um homem, tornaram-se diferentes. Contudo é errado
pensar assim. O homem mais forte e “malicioso” que subjugou o mais fraco e
decretou ser dono de algo, era mais forte e “malicioso” porque a natureza assim
o concebeu. O “usurpador” foi concebido pela natureza com essas aptidões que o
permitiu “usurpar”. Não estou tentando consagrar isso, estou simplesmente
constatando algo que passa, quase que sempre, despercebido.
Querem mais legalidade do que a própria mãe natureza? Existiu o homem;
depois um homem forte; depois um homem suficientemente forte e malicioso que se
apropriou de algo, tal como um cão que mata o outro por ele ter tentado se
apropriar de um alimento e intimida os demais.
O que quero dizer é que é da natureza humana, ou melhor, que é da
natureza, que é natural, haver “desigualdade” e, por conseguinte, propriedade.
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
Sobre o Natal
"Toda cerimônia depende de um símbolo; e todos os símbolos
têm sido vulgarizados e apodrecidos pelas condições comerciais de nosso tempo.
Isso é especialmente verdade desde que sentimos a infecção comercial americana,
e o progresso tornou Londres uma cidade não superior a si mesma, mas inferior a
Nova York. De todos os símbolos falsificados e esmaecidos, o mais melancólico
exemplo é o antigo símbolo da chama. Em todas as épocas e países civilizados,
foi sempre natural falar de um grande festival em que “a cidade era iluminada.”
Não há sentido atualmente em se falar que a cidade foi iluminada. Não há
propósito em iluminá-la por qualquer entusiasmo normal ou nobre, tal como o
sair-se vencedor numa batalha. Toda a cidade está já iluminada, mas não por
coisas nobres. Está iluminada somente com o propósito de se insistir na imensa
importância de coisas triviais e materiais, adornadas por motivos inteiramente
mercenários. O significado de tais cores e tais luzes foi, portanto,
inteiramente aniquilado. Não adianta lançar um foguete dourado ou púrpuro para
a glória do Rei ou do País, ou acender uma imensa fogueira vermelha no dia de
São George, quando todos estão acostumados a ver o mesmo alfabeto ardente
proclamando uma pasta de dentes ou uma goma de mascar. A nova iluminação não
fez a pasta de dentes ou a goma de mascar tão importantes quanto São George ou
o Rei George; porque nada poderia. Mas ela fez as pessoas se cansarem do modo
de proclamar grandes coisas, por seu eterno uso para proclamar pequenas coisas.
A nova iluminação não destruiu a diferença entre a luz e a escuridão, mas
permitiu a luz menor ofuscar a maior"
G. K. Chesterton
G. K. Chesterton
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
Padrões
Para se aprender a fazer um bom texto, uma boa ação, um bom
poema, uma boa obra (construir algo), deve-se, antes tudo, ser um bom crítico.
Assim, antes te pores a fazer qualquer algo, tens de ter lido bons textos,
visto boas ações, apreciado boas obras e assim em diante. Ou seja, tens de
seguir um padrão se quiseres fazer qualquer coisa de bom nesse mundo. Que há
hoje em dia? Uma morte dos padrões, uma morte da certeza e um joguete tolo onde
o certo é errado e o errado é certo. Diante disso, seguindo as tendências
atuais, não podes ter um exemplo de nada, porque nada é bom, ao mesmo tempo em
que tudo pode vir a ser é bom – assim nada é ruim também, ao mesmo tempo em que
tudo pode vir a ser ruim pela mesma “lógica”. Que benesses nos trazem esses
iluminados que negam o transcendente? Que de construtivo nos deixam? Nada. Só
livros infindos cujas conclusões são as ausências de conclusões. Pões fins aos
padrões e nada de correto sairá adiante. Tê-se preso ao relativismo, que nada
podes construir. Assim é a hora de negar tudo o que pretende negar-nos: negar
nossas certezas, nossos padrões, nossas convicções, nossas idéias, nosso bom
senso, nossa índole, nosso caráter e nossa ética. Devemos defender os padrões,
a nossa tradição, e o que os homens de outrora nos legaram, pois sem isso nada
somos e nada poderemos ser além de vítimas do agora e dessa opinião alheia destrutiva,
completamente alienante e que só atende aos vícios da modernidade.
sábado, 15 de dezembro de 2012
Espírito burguês
"Combate o burguês que está dentro de ti. A burguesia não é uma classe, é um estado de espírito. É o conformismo, o comodismo, o interesse vulgar, o prazer mesquinho, a incapacidade de ideal, a demissão dos deveres, a submissão ao cotidiano, o fatalismo inerme, a indiferença criminosa, o abandono a rotina, o egoísmo cego a ostentação ridícula, a descrença e a incapacidade de ação. Liberta-te desse mal do século; será o primeiro passo para a libertação de tua Pátria e da própria Humanidade, hoje oprimida pelos seus próprios vícios".
Plínio Salgado
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
Ciências Humanas
O estudo das Ciências Humanas hoje, numa academia, é inútil.
A última coisa que ele tenta ser, na realidade, é ser útil. Não é à toa que na
maioria esmagadora das vezes só lemos trechos de obras da gente de outrora,
pois só os trechos são adaptáveis ao relativismo moderno – as obras não.
Movimento Negro
Eu nunca vi o Movimento Negro ressaltando negros de sucesso
como Walter Williams, Michael Jordan, Machado de Assis (mulato) entre outros. Vejo-os ressaltando e
aludindo à mentira e aos homens que não nos legaram nada além de erros, como
Zumbi dos Palmares, Amílcar Cabral e Agostinho Neto. O que se pode concluir
disso é que esse movimento não busca "os direitos dos negros", nem em escala
legal e muito menos ideológica. O Movimento Negro é um movimento político que
serve como propaganda ideológica pelos governistas que cá estão.
Reclamam das dores do passado, mas não as sentem. Reclamam
das dores do presente, mas não as verdadeiramente mensuram porque não podem. Se alguém afirma uma dificuldade de se estudar biologia, alguém também pode desdenhar
disso porque para ele é fácil e crível fazer isso. Se eu, por exemplo, reclamo de
uma dor qualquer, não posso transmitir ao outro a dimensão dessa dor, só a
idéia. Do mesmo modo, não posso dizer que se é incapaz de se atingir sucesso por
não ter sido criado em boas condições, afinal há uns tantos que não foram criados nessas condições e ainda assim conseguem obter sucesso. O que há é a cruz individual. Cada um
sabe a cruz que tem, e é a única cruz que se consegue ver a extensão e sentir.
Das demais, só a idéia.
Não obstante, é verdade que muitos obstáculos físicos e
imposições alheias tornam impossível o sucesso e conquistas individuais, até
mesmo para os mais flexíveis e adaptáveis homens. Entretanto, onde realmente se
encontram, nos dias de hoje, tais obstáculos? São ínfimos. E por que o são?
Porque "esse nosso modelo de sociedade", tão criticado, permitiu ao longo do
tempo. Não precisou de muito mais do que trezentos anos para os valores
ocidentais acabar com a escravidão milenar – que não começou com o europeu, mas
cessou com ele. Vemos, em muitos movimentos, os tais direitos humanos sendo
clamados, mas não vemos a razoabilidade indo junto. Ninguém quer se comprometer com nada além de
si. O Movimento Negro, se bem quisesse aos negros, estaria
lustrando os valores humanos que se encontram nas instituições ocidentais e na Igreja; estaria valorizando um Walter Williams ou Machado de Assis e não
um ser que somou negativo ao mundo como Amílcar Cabral.
O Movimento Negro não cresce quando um negro se torna
doutor, mas sim quando um negro é assassinado ou preso. É o complexo do coitadismo que ,
levado até as últimas conseqüências, maximiza a já idéia de impunidade que está
embutida em nosso sistema. Assim, não é de se admirar que sejam os negros a
maioria da população carcerária. O jogo é esse: quanto mais os negros forem "aviltados",
mesmo em só nível subjetivo e muito discutível, melhor para o Movimento Negro, que deveria é andar
passo a passo com a Ku Klux Klan.
domingo, 9 de dezembro de 2012
Observando
Há quem fale que pessoas de baixa renda são mais dadas aos vícios e a cometer crimes pela ausência de uma boa estrutura e suficiente
educação. Esses seres vociferam fortemente para que tais pessoas recebam
auxílios e assistências; associam diretamente, sem querer, o “belo berço” a uma
alta atividade intelectual e capacidade virtuosa. Destarte, acabam sempre por
corroborar, dentro dessa lógica materialista, que só determinados indivíduos, os bem nascidos, poderiam governar e que
esses são mais valiosos para sociedade. O fato é que tal fator conseqüente, que
culminaria num regime aristocrático ou oligárquico, é inescapável dentro dessa
perspectiva, não obstante, ainda assim, coloca-nos de sobressalto. Por quê? A
explicação é dada pela doutrina cristã: a mesma que esses indivíduos cheios de
“amor ao próximo” tanto menosprezam.
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Atentem!
O ser humano, em sua incessante busca por respostas lógicas e derivadas de experiências catalogadas, repudia o Inexplicável, o Indecifrável, tornando-o um inimigo de suas limitadas perspectivas. Não pode de forma alguma aceitar a existência de algo que transcenda o palpável, o comprovável.
Nessa busca incessante, o ser humano consome a si mesmo, deixando de ser homem para se tornar objeto e instrumento de sua branda visão do Horizonte. E iludido, crendo piamente ter encontrado o caminho para a Resposta, não se vê atado ao racionalismo antropocêntrico, que não só o cega, como o torna insensível.
Não percebe que a Verdade pode ser sentida, e que não carece de ser posta sob cálculos ou medições, porque Ela em sua essência não é delimitável, tal qual a própria natureza humana. Esquece-se de que o próprio ser humano, fazendo-se objeto de estudo, não conseguiu até hoje se definir ou classificar, e seu comportamento não pode ser tabelado, nem a intensidade de seus sentimentos medida, ou suas ações previstas com precisão.
Tão preso ao Humanismo, ao Antropocentrismo, o homem deixa de sentir a si mesmo, e perde o que há de mais essencial em sua natureza.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Desejo
As luzes do dia me trazem,
A realidade: seca, amarga e crua.
As minhas fantasias desfazem,
Esses novos dias que chegam pela rua.
Maldito seja o que se vá.
Bendito seja o que ficou.
Nesse mundo de tão mal-estar,
Só o valoroso restou.
Muitos nossos tombaram,
Nas esquinas da vida.
Os deles se multiplicaram,
Nessa jaula maldita.
Nego o dia não porque nego a luz.
Nego o dia pois é onde as bestas imperam,
Onde não adianta nem mesmo uma cruz,
Para tudo aquilo que os bons velam.
A aurora foi já tomada,
E os dias se tornaram escuros,
Mas ela há de ser retomada,
E retirada desses infames impuros.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Pequeno ensaio sobre a verdade
O problema da verdade aflige bastante o homem. É incontestável a existência de uma verdade, ainda que muitos a vejam de maneira meramente factual, como a morte, por exemplo. No entanto, o descrédito por uma verdade mais completa, acompanhada pelo fetiche relativizante nos traz um absurdo cíclico. O homem perdura porque crê em algo, porque persegue essa verdade unânime e única que está fora dele. E é justamente por ela se encontrar fora dele que há tantas verdades para o homem. Não seria exagero dizer que há a Verdade e a verdade, centelha dessa primeira, parte de seu conjunto infinito. E a mentira, onde se encontra? A mentira reside na negação de uma verdade meta-humana. A mentira é superficial, na realidade, pois não existe em si mesma, dado que ela necessita de uma verdade para ser entendida e compreendida como mentira. A mentira é um delírio, é só uma verdade mais ineficaz atrás da Verdade. Por mais que muitos tentem exorcizar a idéia de uma busca pela verdade com relativismos tolos e pretensiosos, não se pode desdizer que esse ser não a busca – e nem mesmo ele pode dizer isso, senão da boca para fora. Até mesmo o relativismo absurdo se sustenta numa verdade para carimbar as diferenças de perspectiva. Destarte, há uma verdade muito além do homem, infinita em sua concepção e inexplicável na linguagem técnica humana.
A conclusão da existência da Verdade nos torna à felicidade e, por conseguinte, a uma compreensão mais perfeita de Deus. O homem tende, ou deveria tender sempre, a se aperfeiçoar, tentando atingir ao máximo possível o que se entende como Deus. A verdade é um caminho pelo qual o homem se esforça para Ser, em todos os sentidos. Ao se negar a Verdade, com a sua verdade, desboca-se num antro interpretativo fraco e tolo que se auto-destrói. A concepção de idéias de verdade, de verdades, não deve ser excludente: o homem não tem domínio para, ainda com a sua identidade humana, apreender a Grande Verdade. Entretanto, nem por isso deve negligenciar tal propósito de alcançar o infinito, visto que é inerente ao homem colocar pedras a sua frente, construindo um caminho, para seguir vivo. Quando se nega a existência da Verdade, busca-se, confortavelmente, negar a existência de um objetivo, de uma lição a qual todos devem se submeter. É mais confortável, portanto, negá-la, e é por isso que encontramos tantos relativismos e relativizadores por aí. E sim, a esses se deve censurar: não simplesmente por errarem, mas também por não buscarem estarem corretos, driblando assim sua substância natural.
Além disso tudo, é razoável dizer que há verdades mais verdadeiras, no que cerne ao homem. Diante do infinito que é a Grande Verdade, e que existe além do homem, todas elas se tornam insignificantes, mas, dentro de um ciclo humano, estar à frente, mais “próximo do alto”, é considerável. E quem são os que assim se encontram? Aqueles seres que assim se vêem através de sua temperança, coragem e sabedoria; de um equilíbrio proporcional e que ascende facilmente a todos os valores pregados por esse mundo decadente e imoral; aqueles que vêem a tradição não como uma imposição institucional mas sim como uma causa de sua própria índole; aqueles que desejam ir ao encontro de sua verdadeira essência.
O homem precisa retomar as rédeas de sua natureza, que vai além de um corpo, e trazer de volta os limites para assim mirar no incalculável. A construção de um mundo sem a idéia de uma Verdade a ser perseguida é como jogar toda a compensação pela vida no lixo e glorificar a humanidade por si e em si mesma, não instituindo sua característica mais importante, que é a de ser portadora de uma centelha da imensidão do tudo, do além.
A conclusão da existência da Verdade nos torna à felicidade e, por conseguinte, a uma compreensão mais perfeita de Deus. O homem tende, ou deveria tender sempre, a se aperfeiçoar, tentando atingir ao máximo possível o que se entende como Deus. A verdade é um caminho pelo qual o homem se esforça para Ser, em todos os sentidos. Ao se negar a Verdade, com a sua verdade, desboca-se num antro interpretativo fraco e tolo que se auto-destrói. A concepção de idéias de verdade, de verdades, não deve ser excludente: o homem não tem domínio para, ainda com a sua identidade humana, apreender a Grande Verdade. Entretanto, nem por isso deve negligenciar tal propósito de alcançar o infinito, visto que é inerente ao homem colocar pedras a sua frente, construindo um caminho, para seguir vivo. Quando se nega a existência da Verdade, busca-se, confortavelmente, negar a existência de um objetivo, de uma lição a qual todos devem se submeter. É mais confortável, portanto, negá-la, e é por isso que encontramos tantos relativismos e relativizadores por aí. E sim, a esses se deve censurar: não simplesmente por errarem, mas também por não buscarem estarem corretos, driblando assim sua substância natural.
Além disso tudo, é razoável dizer que há verdades mais verdadeiras, no que cerne ao homem. Diante do infinito que é a Grande Verdade, e que existe além do homem, todas elas se tornam insignificantes, mas, dentro de um ciclo humano, estar à frente, mais “próximo do alto”, é considerável. E quem são os que assim se encontram? Aqueles seres que assim se vêem através de sua temperança, coragem e sabedoria; de um equilíbrio proporcional e que ascende facilmente a todos os valores pregados por esse mundo decadente e imoral; aqueles que vêem a tradição não como uma imposição institucional mas sim como uma causa de sua própria índole; aqueles que desejam ir ao encontro de sua verdadeira essência.
O homem precisa retomar as rédeas de sua natureza, que vai além de um corpo, e trazer de volta os limites para assim mirar no incalculável. A construção de um mundo sem a idéia de uma Verdade a ser perseguida é como jogar toda a compensação pela vida no lixo e glorificar a humanidade por si e em si mesma, não instituindo sua característica mais importante, que é a de ser portadora de uma centelha da imensidão do tudo, do além.
sábado, 1 de dezembro de 2012
Sabedoria de Chesterton
“Esse é o fato supremo e mais aterrador envolvendo a fé: que
seus inimigos usarão qualquer arma contra ela, as espadas que cortam os próprios dedos e as achas que
queimam as próprias casas. Homens que começam a combater a Igreja
em benefício da liberdade e da humanidade terminam jogando fora a liberdade e a
humanidade só para poderem com isso combater a Igreja.
(...)
E, no entanto, a coisa pende dos céus, incólume. Seus
opositores só conseguem destruir tudo aquilo a que eles mesmos com justiça dão
valor. Não destroem a ortodoxia; destroem apenas o sentido comum e político de
coragem. Não provam que Adão não foi responsável perante Deus; como poderiam
fazê-lo? Provam apenas (a partir de suas premissas) que o czar não é
responsável perante a Rússia. Não provam que Adão não deveria ter sido punido
por Deus; provam apenas que o patrão explorador mais próximo não deveria ser
punido pelos homens.”
Retirado de Ortodoxia, Chesterton.
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
O paradoxo da moda do bom mocismo
Há um atual clamor popular que supostamente visa conter
abusos e distribuir tolerância de todos para todos. O curioso é que uma das
maiores acusadas de opressão é justamente a instituição que mais prezou pelo
ser humano e a ele se doou: a Igreja Católica. Todos esses valores e essas idéias
que estão sendo utilizadas para fins subversivos não existiriam da maneira que
existem hoje se não fosse a Igreja Católica Apostólica Romana. Quem compilou as
obras do mundo antigo, quem absorveu a lógica e a pragmática romana, quem
inventou as universidades, quem instituiu as primeiras idéias de igualdade,
quem primeiro se doou maciçamente ao trabalho filantrópico? A Igreja. Não
obstante está sendo ela acusada de não fazer coisas que ela faz por seres que reivindicam
ações que nem eles mesmo praticam – ou alguém
já viu um grande líder da esquerda envolvido em projetos de caridade? A coisa é cínica e fede. Aos hipócritas, eles mesmos e sua laia. Ao cinismo, a
espada. Não há como dialogar com a mediocridade e a ignorância dessas massas pérfidas.
Em uma realidade não tão distante...
Um primoroso diálogo fictício, mas que entoa posições e contra-posições bastante reais. Ei-lo:
''Adalberto Guarani-Kaiowá:
Tenho que discordar com as ideias, apesar de conter um primoroso estilo. Essa crença ilusória numa verdade una, inalienável e na condução de um progresso já é algo experimentado pela historiografia e visto como falho: existem várias culturas, vários povos, porque só a sua posição seria a certa? (aqui a velha insegurança pessoal)
''Adalberto Guarani-Kaiowá:
Tenho que discordar com as ideias, apesar de conter um primoroso estilo. Essa crença ilusória numa verdade una, inalienável e na condução de um progresso já é algo experimentado pela historiografia e visto como falho: existem várias culturas, vários povos, porque só a sua posição seria a certa? (aqui a velha insegurança pessoal)
A verdade, se é que existe mesmo algo assim, é plural, é de todos, é minha, sua e do homem da padaria, não una. Nossa historiografia já provou isso. (sodomia intelectual gostosa, porém equivocada)
Ser Pensante:
Ser Pensante:
Adalberto,
Com todas as limitações que a honestidade intelectual me impõe, guardo algum respeito por teu posicionamento. Não me tomes por concordante com essa verdade de borracha que inexiste em si mesma, mas que apenas se faz pseudópode de toda a vulgaridade estandardizada que você aprendeu na Universidade. Não, se cá conservo algum respeito por esse posicionamento é porque só o posso tomar ANTES como uma doença de teu próprio espírito, que não destrói valores por perversidade, mas se põe como instrumento da destruição por mera carência pessoal prostitutiva. Tua verdade multipolar psicopática só deixa um caminho de ação para ti, caso vá segui-la com coerência: a omissão. Se nada há de verdadeiro, de solidamente correto nesse mundo onírico que viveis a estudar na cátedra, por nada vale a pena lutar, por nada vale a pena mover uma palha. Se todo mundo é especial, então ninguém o é. Guarda-te, portanto, em casa, esquece o ativismo indígena que te mutila a coerência contigo mesmo e te junta à nobre massa dos que não agem na vida por terem sido vítimas da ignorância. Em teu caso, no entanto – onde a ignorância é voluntária – dou mais um conselho: CALA A BOCA, BURRO! Napoleão há muito descobriu o perigo que ignorantes com iniciativa representam para uma comunidade. Ignorantes voluntários com iniciativa vaidosa e orgulho presunçoso desse quadro, apenas servem para serem esmagados como baratas, antes que contaminem tudo o mais. Se acreditas mesmo na construção de um mundo melhor (o que é um estouro de incoerência), poupa esse mundo de tua ação, ou então lapida-te a ti mesmo. Passa bem!''
Com todas as limitações que a honestidade intelectual me impõe, guardo algum respeito por teu posicionamento. Não me tomes por concordante com essa verdade de borracha que inexiste em si mesma, mas que apenas se faz pseudópode de toda a vulgaridade estandardizada que você aprendeu na Universidade. Não, se cá conservo algum respeito por esse posicionamento é porque só o posso tomar ANTES como uma doença de teu próprio espírito, que não destrói valores por perversidade, mas se põe como instrumento da destruição por mera carência pessoal prostitutiva. Tua verdade multipolar psicopática só deixa um caminho de ação para ti, caso vá segui-la com coerência: a omissão. Se nada há de verdadeiro, de solidamente correto nesse mundo onírico que viveis a estudar na cátedra, por nada vale a pena lutar, por nada vale a pena mover uma palha. Se todo mundo é especial, então ninguém o é. Guarda-te, portanto, em casa, esquece o ativismo indígena que te mutila a coerência contigo mesmo e te junta à nobre massa dos que não agem na vida por terem sido vítimas da ignorância. Em teu caso, no entanto – onde a ignorância é voluntária – dou mais um conselho: CALA A BOCA, BURRO! Napoleão há muito descobriu o perigo que ignorantes com iniciativa representam para uma comunidade. Ignorantes voluntários com iniciativa vaidosa e orgulho presunçoso desse quadro, apenas servem para serem esmagados como baratas, antes que contaminem tudo o mais. Se acreditas mesmo na construção de um mundo melhor (o que é um estouro de incoerência), poupa esse mundo de tua ação, ou então lapida-te a ti mesmo. Passa bem!''
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
Recuperemos!
A sociedade moderna está desnorteada. Falta pulso, falta impulso. Falta coragem para enxergar, falta honestidade e humildade para reconhecer. Falta fibra para agüentar, falta força para vencer. Falta o homem de antes, que mesmo em meio a certa ignorância possuía um saber muito maior de todos os que hoje circundam no mundo: o saber de si, a ciência do que querer e o desejo do por que lutar.
"Batalha de Poitiers" |
O ateu
O ateísmo é uma doença da alma. O enfermo não percebe nada
além de si mesmo. É um megalômano, egocêntrico. O termo de ateu leva
consigo, inerentemente, a prodigalidade. O ateu é um esnobe: ele crê em si
somente e em nada mais. A ascensão dessa doença se deve a uma profunda crise de
ordem moral e de julgamento. O ateu redimensiona o homem como algo cujo fim está
em si mesmo. Flerta com um niilismo suicida e abre mão de responsabilidades. Não
raramente percebo num ateu um excessivo descompromisso – é a tal da covardia que
citei em postagens anteriores. O ateu clama a razão todo o tempo, mas só até
determinado ponto, pois ela o faria duvidar até de sua própria crença. O ateu é
um omisso, um vaidoso e um perdido. Não só não crê em Deus ou em algo além, mas
crê vivamente na crença de que não há algo além. É um dos efeitos colaterais da
modernidade, uma conseqüência inevitável e fatídica. Atrás de todo um arcabouço
de descrenças ateias jaz a hombridade, a humildade, a coragem e o compromisso
para com o que te faz elevar-se, ir adiante e aperfeiçoar-se. Que sentido tem a
vida de alguém que acredita que si mesmo fora um acaso? O sentido que ele
desejar. Nenhum homem pode viver sem uma crença. No caso do ateu, é só uma
crença diferente: ele crê em si, em toda a sua potencialidade e sagacidade, negligenciando
a sua própria natureza em favor de seus próprios vícios. O ateu é o seu Deus; o ateu é um doente.
terça-feira, 27 de novembro de 2012
A guerra de informação
"Os grupos se reúnem, constroem um site, todos escrevem seus valores, aplicando-os em comentários aos acontecimentos atuais e atacando os grupos antagônicos apenas por ali. Em meio a isso cada um deles carrega um estandarte que bem representa o seu conjunto de ideias e que faz com que o homem moderno, ratinho de escritório, fique com um pé atrás diante de tudo o que aquilo informa, afinal ninguém mais quer comprometer-se - a fundo - com valor algum. E aí estão todos esses grupos deixando sua marca no mundo apenas em textos publicados, comentários sobre a situação atual e pequenos longos debates virtuais, mas sem levar ninguém ao vigor de uma ação eternizante. Seu poder de influência jaz na mentalidade lúgubre do homem moderno, que foi adestrado para não dar lá tanto valor a valores. E assim, toda a verborréia tem um alcance deveras limitado no mundo prático. Toda essa informação, todo esse resgate cultural já não conquista corações e mentes, porque a maioria dos corações já estão preocupados demais com a hipertensão para se envolverem, e a maioria das mentes... a maioria das mentes apenas foge das verdades eternas, já que a Ação dessas verdades precisaria se apoiar em corações melhores. E isso tudo acaba por me lembrar de quando o Huxley diz que "três quartos do tempo não estamos em contato com as coisas, mas apenas com as palavras que as representam. E muitas vezes nem mesmo com elas, e sim com essa infernal algaravia metafórica dos poetas"."
De mais um dos colaboradores.
Que fique a reflexão.
''Onisciência''
O homem de hoje perdeu a humildade. Duvida de tudo, exceto
de si e da sua dúvida. Está louco e incontrolável. Também está sendo incitado e
incita a isso. É devido a esse orgulho miserável e a essa convicção cega só em
si mesmo que tantas idéias e fenômenos decadentes estão vindo à tona. A
humildade descartada não o permite se submeter a verdade alguma. Tudo é certo –
desde que se deseje. Aonde isso nos leva? A completa insanidade! Como bem disse
Chesterton, “O louco não é um homem que perdeu a razão. Mas sim um homem que
perdeu tudo, exceto a razão”.
domingo, 25 de novembro de 2012
A razão não se explica
“Por que as coisas caem? Porque há a gravidade. (...) Qual a relação?
A relação de atração entre corpos. Por quê? Porque toda massa produz, o mínimo
que seja, oscilações na dimensão e se inter-relacionam. Por quê? (...)”
Perguntar-se o porquê das coisas e o porquê delas se
comportarem tal como se comportam nos faz perceber que elas possuem uma
natureza inata, uma essência; que são regidas por “leis” metafísicas e que não
possuem explicação em si. Ainda que se consiga explicar o que agora não se
explica, pode-se, doravante, indagar o razão disso que agora veio à tona , que veio a acontecer. E o que se terá? Mais uma indagação sem resposta.
Pegando os liberais pelo pé
"Defendendo uma liberdade individual que ultrapassa as barreiras do razoável, os liberais de hoje têm tratado o sistema normativo como uma imposição estatal que os impede de viver suas próprias vidas da forma como venham a desejar. Temas como aborto, utilização de drogas e reconhecimento de uma parceria homossexual como instituição familiar têm grande repercussão em seus debates e suas agendas.
Entretanto essa forma de raciocínio é um tanto imatura, uma vez que desprezam outros princípios fundamentais para a estrutura e harmonia da sociedade. Os ideais libertários tentam separar dois fatores que não sobrevivem de forma autônoma: diminuição do Estado e a moral judaico-cristã, representada esta última pela instituição familiar.
Não há nem mesmo como manter o liberalismo econômico sem conservar a moral judaico-cristã e, portanto, a instituição familiar. Sendo a instituição familiar a base da sociedade e a força motriz da propriedade privada, em sua ausência o indivíduo estaria novamente vinculado ao Estado, pois dependeria deste em qualquer momento de crise. Tomemos o exemplo da velhice, da pobreza acidental ou algum problema de saúde que seja: ao passo que a instituição familiar serviria de sustento e mecanismo de recuperação para a vítima de algum desses males, o indivíduo até então autônomo e sem uma família de guarnição dependeria de serviços públicos que pudessem auxiliá-lo, tal como saúde pública, projetos sociais e até mesmo um abrigo.
Portanto tratar de liberalismo sem levar em conta a moral cristã torna a liberdade um passo efêmero, que tropeçaria ao primeiro acidente ou crise. Nisso muito me deixa preocupado ao perceber que os que não são da esquerda, muitas vezes estão aliados com o liberalismo em sua plenitude, beirando ao anarquismo – e disso boas coisas não podemos esperar. "
Outra boa contribuição.
sábado, 24 de novembro de 2012
Em um futuro não tão distante
''Um dia terão filhos e os verão agindo como animais que põem o direito de realizar os impulsos fisiológicos acima de tudo no mundo enquanto que correm loucamente atrás da vaguinha no concurso público, que será então fonte de renda de 60% da população e que os permitirão continuar atendendo a isso tudo sem lá muito sacrifício. E quando o caos já for irremediável, quando finalmente estiverem inclusos nesse Admirável Mundo Novo, reclamarão de forma vã da "tirania fantasma" e não saberão como desfazer isso tudo, então fechar-se-ão em suas ilhas e, por uma questão de sobrevivência, entrarão na prazerosa dança da cegueira moral.''
Previsto. Anotado. Mundo atual: tens de ser combatido.
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
Liberais: marxismo cultural maquiado
Os liberais clamam pela liberdade individual, pela "diminuição" do estado,
mas defendem e/ou são coniventes com políticas que o estado está a nos impor. A exemplo das políticas que terão como fim a dissolução da instituição familiar: um indivíduo sem o resguardo e o apoio de sua família fica entregue a própria sorte e tornará a voltar para o estado... Mas, penso cá comigo, que eles já sabem disso...
A covardia do homem moderno: a esquerda
Uma coisa que se pode notar no mundo de hoje, tomado pelo
bom mocismo e pelo politicamente correto, é a covardia. E é na covardia pessoal
que reside toda a essência da esquerda. Não se procura reconstruir nada.
Busca-se destruir tudo e começar outra coisa. Há um medo de se enfrentar, de
ir à luta, de conservar o que há de bom no mundo. Se há falhas, culpa-se a
sociedade, a circunstância e o evento, pois se a teoria é perfeita a realidade
assim também deve ser. Não é à toa que vemos tantas coisas deixadas pela metade
hoje em dia, como, por exemplo, a própria união matrimonial. Outro bom exemplo
que ilustra a covardia do homem de hoje é o excessivo número de crenças
religiosas. O homem, imperfeito por natureza, que nasce ignorante e
completamente alienado, não mais quer evoluir e se adequar a nada: ele quer que
tudo se adeque a si, aos seus defeitos; que tudo afague suas lacunas e seus
vícios. Ele não quer ser incitado a melhorar, ele não quer ver seus vícios: ele
acha que não os possui. Assim é a esquerda: idealista, utópica, perfeita em
teoria. Se a realidade está ruim, que se destrua a realidade, pois ela não
comporta afagos para um “eu” psicótico, megalômano e com delírios de perfeição.
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
Verdade Absoluta
A existência só tem sentido quando se busca aperfeiçoar-se
como indivíduo. Sendo que a perfeição carece de um senso, um norte, tem-se uma
verdade, a verdade. Percebe-se,
portanto, a verdade absoluta como mola mestra para dar sentido à vida. Mas que
fazem os seres hoje em dia? Negam a verdade, instituem "verdades". Destroem o
substrato espiritual do homem e o condenam a orbitar em falácias e a ser
brando ao lidar com suas próprias falhas, e, por tabela, eles acabarão tendo de ser coniventes com as "falhas" dos demais. Oras, "se Deus está morto então tudo é
permitido".
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Lógica de hoje
A lógica de hoje é a seguinte:
Um sujeito crava um dos teus com balas e o mata. Se o acusas
de assino, ele responde que só atirou e que a vítima é que se deixou morrer.
O pior? Muitos se convencem disso.
Niilismo, relativismo e eu.
Há de se negar o racionalismo exacerbado, o cientificismo de
fetiche; há de se negar a razão unilateral que vai até as últimas
conseqüências. Há de se negar o palpável, a argumentação ideológica de hoje:
hipócrita, delirante e para fins subversivos e destrutivos. Há de, sim, voltar
para a fé. Eu bem o sei o quão é-nos hipnotizante todo esse delírio infindo de
conceitos, de visões de mundo; onde tudo é permitido, nada negado e onde tudo
pode e, praticamente também, deve ser concebido. Eu já fui até as últimas instâncias
da razão, do discurso, das críticas, da subversão. Fui tolo e arrogante. Desci
aos infernos do niilismo. Desacreditei em tudo. E se engana quem acha que o mal
tem efeito e existência em si: o mal é simplesmente ausência. Eu nada mais
tive, nada mais me importava. Eu queimei nas labaredas do vazio, na vastidão do
inferno do nada. Eu tentei seguir os grandes gênios, sem atentar-me para o fato
de que todos inconscientemente suicidaram-se, perderam-se. E quando se vai,
digo-te: é difícil voltares. Tanto por orgulho como pela escuridão. Estás tão
cravado nas mentiras, nas omissões, nas verdades das incertezas, que nem mais
fé em ti tens. E muitas boas mentes eu vi perderem-se nesse vasto campo das
blasfêmias, nesse mal, nesse inferno. Eu perdi-me por anos. Mas por algo que não
sei explicar, tornei a encontrar o caminho e voltei. Voltei do nada, das
inrazões, das incertezas, da sedutora lógica que ilustra a hecatombe nossa. Eu
neguei minha arrogância, minhas convicções sobre as inverdades, o meu descaso
com os casos... Eu não voltei inteiro disso, confesso. Mas voltei. E cá estou.
Certo de mim, da luz que nos guia e que também queima em nosso peito. Há de se negar as lógicas em si mesmas, as filosofias
decadentes, as lógicas suicidas e as perspectivas que anulam as verdades. Todo esse mundo de um ideal decadente só nos faz morrer enquanto vivos.
Também pudera: é criação dos homens, fruto de suas vaidades. Não há nada pior
que isso porque corroboras tuas verdades nas verdades opostas, de outros, sendo
que te perdes nesse joguete infinito, estancando-se. Deixai disso! A fé é a coisa
mais importante que há. Mas cuidado: há crenças demais por aí. Não te deixas
levar, não te deixas conduzir. Confia em teus instintos: tua essência conhece
mais o mundo do que toda tua mente há de conhecer um dia. Crê nas coisas
atemporais, que estão aqui antes de nós, e que estarão também após nós. Não te
perdes e não te enganas: a verdade é simples e acessível. Ela não tem luxos nem
vaidades: ela não quer se pôr além de todos. Ela já está em todos. Está em ti.
Seja seguro, confie em si e confie na chama. Clame e grite. Cerra os punhos e
golpeie o mal de todas as formas. A razão só nos dá incertezas. A fé é a única
coisa que nos dá certeza.
sábado, 17 de novembro de 2012
Para refletir
“Admiro-me, de que vós, que participastes de tantos e tão
grandes combates, vos esqueçais de que os que estão fatigados dormem um sono
mais suave do que os que vivem na indolência. Não vedes, comparando vosso
gênero de vida com o dos persas, que nada há de mais servil do que o luxo e a
moleza, e nada de mais nobre do que o trabalho? Aliás, como poderá sujeitar-se
a tratar do seu cavalo, a lustrar sua lança e seu capacete aquele que tiver
perdido o hábito de empregar as mãos no cuidado de seu próprio corpo, que lhe
interessa tão de perto? Não sabeis que o meio de tornar duradoura a vitória é
não imitar os vencidos?”
Alexandre Magno para seus homens sobre o comodismo e a
prodigalidade deles após as conquistas.
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Pena de morte
Sim, defendo a pena de morte. Defendo a pena de morte para
seres cruéis, imorais e sanguinários. Suas existências atentam continuamente à
harmonia social. As pessoas atualmente estão dadas a se assombrarem quando um
policial abusa do poder, mas virou senso comum constatar crimes mesmo sabendo
que o meliante sempre abusa do poder. No caso do policial, sim, nós confiamos a
ele nossa segurança. Houve um acordo explícito. No entanto, com o marginal, não
há também um acordo? Óbvio que há. É o acordo tácito da moral e do bom senso; é
a velha história de minha liberdade cessar ao começar a sua; é o
fato de eu não te matar quando divergirmos, nem te roubar quando tiveres algo
que me chame atenção. Todos que vivem numa sociedade hão de respeitar os princípios
básicos, necessários, para que se estruture qualquer comunidade. Os que
negligenciam esses princípios, devem ser excluídos. E os que negligenciam esses
princípios com doses de crueldade, devem ser mortos. É justo darmos o mínimo de humanidade para
alguém que arbitrariamente quis retirar a vida de um outro, e de uma forma
bruta? Não. E se vierem me acusarem disso e daquilo, que me acusem. Assim como
o marginal tem um afã pela crueldade, eu tenho um afã para cessar com sua vida.
Deus conhece nossas falhas e limites. A Ele eu prestarei contas.
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Crê em Ti!
A lógica deve ser usada só até determinado ponto. Após isso,
fala-se o espírito, a autoconsciência. É necessário pensar, meditar e,
sobretudo, sentir. A mera retórica é a arma dos vermes e dos imponderáveis. A
retórica que finda na fé e na espada é a arma dos bravos. Conheces-te e sentes
o flamejar de tua alma. Sabes de certas coisas antes mesmo de realmente as conheceres:
usas teu jnana e todos os teus atributos atemporais. Vai-te, homem! Seguro de
si, seguro em tua fé, inesgotável e de modo invencível, porque não te prendes a
nada "daqui", não se deixando tomar pela erosão, e lutas com o amor e a
força do Eterno, por esse mundo e além desse.
Firme
"E hoje em dia o que conta - precisa e exclusivamente - é o trabalho de quem souber conservar-se dentro das linhas da superioridade: firme nos princípios; inacessível a qualquer concessão; indiferente perante exaltações, as convulsões, as superstições e as prostituições a cujo ritmo dançam as gerações modernas."
J.E.
J.E.
Homossexuais: direito em demasia; consequência perigosa
Há quem se espante quanto a minha reação à união
homossexual, adoção de criança por esses e similares políticas que figuram na
moda. Sendo prático e indo por partes: a união homossexual é o primeiro passo
para o reconhecimento de um casamento homossexual. Em seguida dar-se-á a eles a
interpretação de mais um núcleo familiar. Por tabela, a adoção de crianças por
casais de mesmo sexo será algo mais do que legal – juridicamente falando.
As crianças adotadas não serão normais. Primeiramente, serão
no mínimo coniventes com práticas homossexuais e a cartilha gay. Por que não
seriam? Serão criadas num seio “familiar” assim. Do contrário, tornar-se-ão
rebeldes por excelência – e só isso já seria o suficiente para um bom
contra-argumento a essa adoção. Mas imaginando que não se “rebelem”, que há de
acontecer? Sendo muito otimista, tais crianças se tornarão heterossexuais de
boa índole que darão continuidade ao natural processo da formação familiar. Mas
ainda assim serão praticamente ativistas gays – ainda que não sejam gays. E
disso já estamos cheios. Entretanto, tentando explorar o horizonte de eventos
de modo mais geral, há estudos que revelam a deficiência de bem-estar social e
psicológico por essas crianças, vitimadas pela sociedade do “bom-mocismo”. O
mais recente que li, foi um de junho, da Universidade do Texas. Ele demonstra,
comparando a criação de crianças por casais homossexuais com a por de
heterossexuais, o quão dada a promiscuidade e ao consumo de drogas são os seres
que cresceram com um casal de mesmo sexo se comparados a outros provenientes de
uma “família tradicional”. Uma boa observação, também, foi o fato de que quase
¼ deles sofrem/sofreram de abusos sexuais (os outros foram só 2% de casos), ou
seja, quase vinte e cinco por cento. Além disso, o desempenho escolar foi
baixo, fraco e eles foram pouco incentivados a melhorarem.
O problema com esses estudos não é que sejam “provavelmente
tendenciosos”, como muitos dirão, mas sim que não se vêm a público. A mídia e outros veículos os sufocam. E isso já é um grave sinal de que não há
honestidade nessa imposição de valores: não se quer balancear nada. E por que
digo imposição? A família é fruto de uma necessidade natural construída através
de séculos. Não ditada por uma minoria a uma maioria, mas sim uma associação de
uma maioria para uma melhor construção de vida e desempenho em sociedade. O que
se vê hoje é uma tentativa de infligir uma ordem natural que cessa bruscamente
com os valores e nos leva a uma jogatina de um relativismo delirante. Ah! E
antes que falem que certos heterossexuais são dados também a condutas
depravadas, eu concordo: censuro-os sem dó, impiedosamente. Mas dizer que não
há diferenças entre um casal homossexual e um heterossexual é uma observação
mentirosa. A diferença nos salta aos olhos e são mais do que notáveis.
Não obstante não quero falar que homossexuais sejam dados,
necessariamente, a hábitos decadentes e que não possuem bom senso. Eu afirmo
que a maioria, sim, é dessa forma. É só ir a uma passeata gay de uma grande
metrópole atual. Imaginar a monogamia, entre eles, de uma maneira geral, é
ridículo. Não possuem, na maioria dos casos, critérios de julgamento. Destarte, não podem e
não devem adotar crianças nem exercer grande papel formador na sociedade – não
se utilizando de sua “identidade gay”.
Por que me meto nisso? Porque a família é o núcleo celular
do estado, e do contrário do que muitos afirmam, é, sim, interesse público e
coletivo que a família funcione bem, e desse modo é dever de todo cidadão
discutir isso e “se meter na vida alheia”. É de interesse social que se cuide
bem de crianças, ou que se minimize o máximo possível a chance delas males
sofrerem. Então, sendo você um indivíduo que infelizmente não pode escapar de um
mundo social, tens o total direito e dever sobre opinar no que eles chamam de
“felicidade alheia”. Deveras, imagino que haja alguns gays dispostos à monogamia e a cuidar de crianças. Mas são poucos. Tal como há presos cumprindo
uma pena por um crime que não cometeram, sofrendo injustiça, há homossexuais muito bem conscientes.
Mas são regra? Não, são exceção, tal como o presidiário que cumpre uma pena
injustamente. Seguindo a lógica que nos querem impor, fará, então, tanto
sentido consentir direitos mais aos homossexuais (sim, porque os homossexuais sempre tiveram tantos direitos quantos “nós” ou não perceberam isso?) como faria sentido abrir os
presídios em prol dos que lá estão por azar. Seria razoável?
Por fim, deve-se olhar o movimento homossexual não como algo
que tem fim em si mesmo, mas sim como mais um agente do globalismo mundial que atenta
contra a destruição dos valores e da moral ocidental. Quando se estuda o
histórico do movimento gay, vê-se o caráter estritamente político dele – é
escancarado. Não há solidariedade, preocupação e amor ao próximo aqui. O que há
é mais uma estratégia e só mais um front dessa guerra cultural em que vivemos hoje.
Vindo a calhar
"O Grande Homem... é mais frio, mais duro, menos hesitante, e sem medo da 'opinião'; faltam-lhe as virtudes que acompanham o respeito e a 'respeitabilidade', e inteiramente tudo aquilo que é a 'virtude do rebanho'. Se ele não pode liderar, vai sozinho... Sabe que é incomunicável: acha insosso ser familiar... Quando não está falando consigo mesmo, ele usa uma máscara. Há uma solidão dentro dele que é inacessível ao elogio ou a censura."
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
Sobre a esquerda
Sendo que a esquerda tem em sua essência e origem a ambição
de homogeneizar ideologicamente a sociedade, destruindo com qualquer aspecto
ideológico que vá de encontro às suas idéias, é mister que para a sobrevivência
de um regime republicano e democrático a esquerda não exista. Montesquieu
traçou excelentes discursos sobre a igualdade, sociedade, diversidade de opiniões etc., além de ser um dos pioneiros na perspectiva de enxergar um regime republicano democrático,
não obstante não se valeu de nenhuma ideologia pré-fabricada para isso. Tampouco
tantas outras figuras ilustres aludiram a um arcabouço senil, ambicioso e megalômano.
Portanto, reafirmo: toda prática social que tenha fim em si mesma (entenda simplesmente como "bondade"), que não
possua um resguardo ideológico que anseia ser Deus ou qualquer coisa do tipo, não
só pode como deve perdurar. Todo o resto, não. A esquerda tem de ser destruída
o quão antes. Não deve agonizar, não deve morrer. Deve, sim, ser a pioneira na
prática da "inexistência". É necessário um natural conjunto de valores para que
uma nação se veja como tal; é necessário um ponto de partida em comum. Em todo
o mundo, a esquerda impôs os valores e provocou somente estragos. Como a
desigualdade não nasceu com o "capitalismo", a idéia de igualdade e de justiça não
nasceu com a esquerda. Tudo o que ela propõe é blasfêmia e falácia. Ela deve
desaparecer, inexistir – bem como a todos que a seguem.
Así Sea.
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Fique claro
Não temo o mundo atual, moribundo. Tampouco temo as
tempestades que estão por vir. Estou certo de mim mesmo e sinto o clamor que
jaz em meu espírito. Eu não receio as tempestades, os turbilhões, o caos, o
fim. Eu as anseio. Anseio como nunca antes ansiei tanto a algo. Que venham!
Serei morto? Provavelmente. Matarei? Provavelmente. Mas mais do que uma vítima
ou um homicida, eu Serei.
Constatando
Não há vítimas, não há como haver vítimas. Há só algozes mais saciados e menos maléficos.
Boa reflexão - autor desconhecido
"A liberdade não se apregoa: exerce-se!
Por isso mesmo, não há regimes livres, nem economias livres, nem sociedades livres, nem, tampouco, ideologias ou religiões libertadoras. O que há ou não há é homens livres. E a única dimensão em que o homem consegue manifestar genuinamente a sua liberdade – que é a sua, intrínseca e humana liberdade, mas jamais absoluta ou dissoluta - é a dimensão do espírito. Ora, o que geralmente se assiste é a espíritos atrofiados, soterrados e acorrentados a bandulhos pantabsorventes em vociferante pregação e descabelada pugna por regimes livres, mercados liberalíssimos, sociedades liiberdadérrimas! Não admira: o paraíso terreal sempre foi uma ânsia e uma construção de escravos. Donde decorre que o éden planificado descambe invariavelmente no parque policiado, no presídio geral e na masmorra colectiva.
A liberdade, como exemplifica (segundo Aristóteles) o único Ser realmente livre do cosmos, tem um preço: a solidão."
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
Liberais, deixem...
Faz necessário juízo de valor para julgar, para conceber,
para ter senso. Pressupõe-se a isso uma igualde de pensar, similar agir
entre os indivíduos – ou uma pretensa idéia que se desenvolveu naturalmente. O culto a todas as formas de
pensar e agir não contribui em absolutamente nada para a sociedade. É uma
conurbação momentânea, fetiche ideológico, marxismo cultural transvestido.
Todas as ações e reações de um indivíduo começam e cessam em valores. Valores
esses que têm de ser coletivos, caso o contrário abre-se mão de conviver em uma
sociedade e de se ter uma nação, pátria. A ruptura desses valores, proposta (e também imposta) pelos liberais , onde o único
norte deve ser só e somente a economia, leva-nos a um caos latente, e corrobora com a agenda marxista. É delirante
querer tratar de assuntos econômicos, administrativos e jurídicos sem antes
haver um arcabouço sólido de valores. E para que existam os valores, é
necessário as instituições e o culto a tradição. Destarte, o liberalismo e essa
sua nova onda valida o globalismo mundial. Todo o liberal é no mínimo
um cúmplice – mesmo que por acidente – da
hecatombe da humanidade. Os que não fazem isso com consciência, estão vendendo
a corda para se enforcar.
terça-feira, 6 de novembro de 2012
Reflexão acerca de nós e da Igreja
Que se quer a Igreja, afinal? A Igreja quer levar “a palavra de Deus” ao maior número de homens possíveis a fim de que eles a sigam e a pratiquem. Eu não conheço nenhum homem que melhor siga as “palavras de Deus” do que um padre, por exemplo. A meu ver eles são, não raramente, espelhos de freqüências divinas, de um incognoscível. Entretanto quer-se que todos os homens sejam padres e acabem por serem santos? Não, não é a pretensão dessa instituição.
Carregamos em nós a eternidade, mas estamos num mundo material: não somos deuses, somos homens. O papel da Igreja é de um transportador, por assim dizer. É como quando se deseja transportar algo e dependendo das circunstâncias e do tempo usa-se o meio mais eficiente para executar esse anseio: um automóvel, se houver um terreno bom e plano; um navio, se só houver águas. A Igreja é o veículo que mais perdurou com os valores – que são intrínsecos aos homens, até mesmo àqueles que deles se distanciam. Não é a toa que diversas culturas, separadas por infindos quilômetros e séculos, desenvolveram inúmeras perspectivas similares, inúmeros valores parecidos, inúmeras morais quase que comuns. Desse modo, a Igreja, hoje, deve ser defendida porque ela ilustra a carruagem que melhor reflete os nossos valores; ela é um ícone e também uma prova; uma bússola. No entanto a Igreja deve ser também defendida si mesma, da corrupção que está em seu seio, pois embora seja uma instituição com desígnios atemporais, é feita por homens e não está incólume a vícios.
Chega-se a Deus, ou ao metafísico, pela lógica e também pela “fé”. Há o que se está fora daqui – e a isso se sente. Não importa o que e como se queira argumentar: quem a isso tudo ignora, deve é ser também ignorado. Destarte, há os valores sublimes, em seguida há os instintos, doravante há o mundo no qual estamos. Todo o resto é mistério. Mas sentimos o clamor do além, da perfeição, e devemos tomá-lo. Mas não de joelhos, e sim em triunfos. Não em preces, mas em atos. Não em resignações, mas em superações – e não me espantaria se "Deus" desse mais crédito ao sangue de um guerreiro do que aos pedidos de sacerdotes...
domingo, 4 de novembro de 2012
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
Brasil de hoje
... O legado de homens como Rui Barbosa, Bonifácio de Andrada e outros foi (infelizmente) esse: uma pátria doente, letárgica, fraca; com um povo submisso e escravo de suas fadigas; herdeiro de suas próprias ruínas e vícios.
sábado, 20 de outubro de 2012
Tem de se varrer com força
"Não tem absoluto amor pelo bem quem não tem um proporcional repúdio pelo mal."
Evágrio Pôntico
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
Apelo
Ocidente, não esqueça de quem tu és
filho. Não dê as costas para tua genealogia. Sê fiel, sê quem tu és e não te
deixes corromper. Sê firme. Não ceda. Tome o espírito de outrora. A guerra
acontece e é necessário força. Cerra a mão na alegoria da cruz e crave a espada
no resto.
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
Nego-te e exponho-te
Consome-se uma vida desgraçada e segue... é o costume. O
costume do homem médio, da massa; o prelúdio do fim.
O agora é terrível. Ou o matas ou ele a ti.
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
Que se "É"!
Saudai o eterno!
Vícios atemporais e universais
"Estou contente comigo por causa da minha pobreza. Quando era rico, era obrigado a prestar homenagens aos caluniadores, sabendo muito bem que estava mais em condição de ser prejudicado por eles do que prejudicá-los: a república sempre exigia-me uma nova contribuição; não podia ausentar-me. Desde que sou pobre, adquiri autoridade; ninguém me ameaça, mas eu ameaço os outros; posso partir ou permanecer. Os ricos já se levantam de seus lugares e me cedem a prioridade. Sou um rei, era escravo; pagava tributo à república, hoje ela me sustenta; não receio mais perder, espero adquirir".
Cármides, personagem do Banquete de Platão em A República.
Cármides, personagem do Banquete de Platão em A República.
terça-feira, 16 de outubro de 2012
Quem fica; quem vai.
Lembro de quando caminhava entre todos e minha mente estava ali, acessível, ingênua e harmoniosa.
Mas passou.
Hoje em dia me escondo na neblina do marasmo cotidiano e sinto que nenhuma mente humana seja capaz de chegar aonde me encontro: nesse cume alto, além, distante, solitário e que segue subindo, sumindo, entre as brumas angustiantes das cismas provenientes de minha descrença na humanidade.
O valor e o valoroso
Estou desafiando – sozinho. Estou lutando – sozinho. Estou
clamando – sozinho. Estou tentando – sozinho. Estou perdendo – sozinho. Estou perecendo – sozinho. Estou
duvidando – sozinho. Estou lamentando – sozinho. Estou chorando – sozinho. Estou destruído – sozinho. Estou esquecido –
sozinho. Estou só – sozinho.
(e Ele clama através de tudo: Não!)
(e Ele clama através de tudo: Não!)
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
domingo, 14 de outubro de 2012
A você
Homem moderno, a pena que você me inspira é causa do ódio que
também te devoto. Às vezes penso que és a pura e perfeita decadência; o fim do
poço; a ilustração de uma derrocada; um fracasso ansioso. É como se o mundo
ecoasse através de tua existência falando “a desgraça existe, ela está aqui”...
Vê o que há
E o tempo não apaga aquilo que marca, mas destrói aquilo que é vão. O raso se vai, esvai-se, mas o Homem permanece: entre as tempestades, entre as adversidades... Serena e calmamente, de modo inflexível, confiante na lealdade que ele conhece como honra; olhando para frente, tenazmente, e fitando a chama que emana de si mesmo.
Mas o tempo... destrói aquilo que é vão.
Sê guerreiro sempre
Inimigos me cercam. De meu lado só vejo os cadáveres de meus companheiros. Estou só. O mundo está ficando cinza e o vento já soa como um lamento. Hesito: os inimigos são muitos e estão a vir em minha direção para findar-me. A mentira vem à galope liderando exércitos tão vastos quanto a minha visão. Estou cercado, estou cansado. Tentam me persuadir com suas calúnias. Não há o que fazer. O mundo se perde. Uma nova era surge e eu não quero estar vivo para vivenciá-la. Empunho com receio a espada e observo a multidão demoníaca. Ouço um sussurro.... Agora eu sei, agora não mais temo e nem hesito: sinto o peso de toda a História de meu lado, de todo os grandes homens que essa terra teve o privilégio de receber. Seguro com força a espada e caminho em direção aos meus inimigos. Minha velocidade aumenta, aumenta, aumenta e em passos largos, com todas as glórias e a coragem de gerações passadas, tomo o caminho da eternidade.
A priori
Ou o homem segura sua vaidade ou
se torna escravo dela. E o que é a vaidade senão um fetiche por si próprio; essa coisa extremamente materialista: atual principal argamassa para a bancarrota dos valores e por tabelo do mundo? A vaidade é destrutiva.
(''Eu não posso mudar o mundo, mas o mundo não me mudará.'') |
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