Deus
Ó Meu Deus, que bem, que graça és Tu,
Que me permitiu viver e, sobretudo, morrer.
Levanta-me em Teus braços, tal como vim: só nu.
Para assim contemplar-Te sem a nada temer.
Tua luz, o Teu Ser, é o único guia.
Vejo-Te sempre, em cada o momento,
Sorrindo para mim, que tanto temia,
Esse mundo todo agourento.
O espírito para Ti sempre vai.
É uma natural vocação:
- O filho anseia pelo colo do Pai;
O imperfeito pela Perfeição.
Que não esqueçamos de Tua arte;
Que lembremo-nos sempre a nós:
Somos, por ora, só mera parte,
Enquanto não deitar em Vós.