quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Atentem!


O ser humano, em sua incessante busca por respostas lógicas e derivadas de experiências catalogadas, repudia o Inexplicável, o Indecifrável, tornando-o um inimigo de suas limitadas perspectivas. Não pode de forma alguma aceitar a existência de algo que transcenda o palpável, o comprovável. 
Nessa busca incessante, o ser humano consome a si mesmo, deixando de ser homem para se tornar objeto e instrumento de sua branda visão do Horizonte. E iludido, crendo piamente ter encontrado o caminho para a Resposta, não se vê atado ao racionalismo antropocêntrico, que não só o cega, como o torna insensível.  
Não percebe que a Verdade pode ser sentida, e que não carece de ser posta sob cálculos ou medições, porque Ela em sua essência não é delimitável, tal qual a própria natureza humana. Esquece-se de que o próprio ser humano, fazendo-se objeto de estudo, não conseguiu até hoje se definir ou classificar, e seu comportamento não pode  ser tabelado, nem a intensidade de seus sentimentos medida, ou suas ações previstas com precisão. 
Tão preso ao Humanismo, ao Antropocentrismo, o homem deixa de sentir a si mesmo, e perde o que há de mais essencial em sua natureza.