sábado, 22 de dezembro de 2012

Sobre o tema “propriedade privada”...


(uma análise bem fria e objetiva) 

   A propriedade privada é legítima por natureza. Muito me espanta que céticos, ateus e comunistas tanto mal falem sobre ela, porque suas críticas não têm base senão em princípios "religiosos", ou criações de um “eu” atordoado e doente.
   Rousseau errou. Tanto errou que perdeu o concurso em que tentou emplacar o famoso discurso sobre a origem da desigualdade entre os homens. Esse discurso é bastante interessante – ao menos para mim. Vejo muita coerência em inúmeras análises, mas um grande erro na conclusão sobre essas análises.
    Rousseau diz que a origem da desigualdade entre os homens reside na criação da propriedade privada. De certo modo, está correto pensar assim. Entretanto, ele tenta explicar que essa desigualdade, que a existência da propriedade privada, está assentada em algum fator social, em algo que se corrompe; que todos os homens nasceram iguais e, pela própria e única ação do homem, ou de um homem, tornaram-se diferentes. Contudo é errado pensar assim. O homem mais forte e “malicioso” que subjugou o mais fraco e decretou ser dono de algo, era mais forte e “malicioso” porque a natureza assim o concebeu. O “usurpador” foi concebido pela natureza com essas aptidões que o permitiu “usurpar”. Não estou tentando consagrar isso, estou simplesmente constatando algo que passa, quase que sempre, despercebido.
   Querem mais legalidade do que a própria mãe natureza? Existiu o homem; depois um homem forte; depois um homem suficientemente forte e malicioso que se apropriou de algo, tal como um cão que mata o outro por ele ter tentado se apropriar de um alimento e intimida os demais.
   O que quero dizer é que é da natureza humana, ou melhor, que é da natureza, que é natural, haver “desigualdade” e, por conseguinte, propriedade.