Para se aprender a fazer um bom texto, uma boa ação, um bom
poema, uma boa obra (construir algo), deve-se, antes tudo, ser um bom crítico.
Assim, antes te pores a fazer qualquer algo, tens de ter lido bons textos,
visto boas ações, apreciado boas obras e assim em diante. Ou seja, tens de
seguir um padrão se quiseres fazer qualquer coisa de bom nesse mundo. Que há
hoje em dia? Uma morte dos padrões, uma morte da certeza e um joguete tolo onde
o certo é errado e o errado é certo. Diante disso, seguindo as tendências
atuais, não podes ter um exemplo de nada, porque nada é bom, ao mesmo tempo em
que tudo pode vir a ser é bom – assim nada é ruim também, ao mesmo tempo em que
tudo pode vir a ser ruim pela mesma “lógica”. Que benesses nos trazem esses
iluminados que negam o transcendente? Que de construtivo nos deixam? Nada. Só
livros infindos cujas conclusões são as ausências de conclusões. Pões fins aos
padrões e nada de correto sairá adiante. Tê-se preso ao relativismo, que nada
podes construir. Assim é a hora de negar tudo o que pretende negar-nos: negar
nossas certezas, nossos padrões, nossas convicções, nossas idéias, nosso bom
senso, nossa índole, nosso caráter e nossa ética. Devemos defender os padrões,
a nossa tradição, e o que os homens de outrora nos legaram, pois sem isso nada
somos e nada poderemos ser além de vítimas do agora e dessa opinião alheia destrutiva,
completamente alienante e que só atende aos vícios da modernidade.