terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Padrões


Para se aprender a fazer um bom texto, uma boa ação, um bom poema, uma boa obra (construir algo), deve-se, antes tudo, ser um bom crítico. Assim, antes te pores a fazer qualquer algo, tens de ter lido bons textos, visto boas ações, apreciado boas obras e assim em diante. Ou seja, tens de seguir um padrão se quiseres fazer qualquer coisa de bom nesse mundo. Que há hoje em dia? Uma morte dos padrões, uma morte da certeza e um joguete tolo onde o certo é errado e o errado é certo. Diante disso, seguindo as tendências atuais, não podes ter um exemplo de nada, porque nada é bom, ao mesmo tempo em que tudo pode vir a ser é bom – assim nada é ruim também, ao mesmo tempo em que tudo pode vir a ser ruim pela mesma “lógica”. Que benesses nos trazem esses iluminados que negam o transcendente? Que de construtivo nos deixam? Nada. Só livros infindos cujas conclusões são as ausências de conclusões. Pões fins aos padrões e nada de correto sairá adiante. Tê-se preso ao relativismo, que nada podes construir. Assim é a hora de negar tudo o que pretende negar-nos: negar nossas certezas, nossos padrões, nossas convicções, nossas idéias, nosso bom senso, nossa índole, nosso caráter e nossa ética. Devemos defender os padrões, a nossa tradição, e o que os homens de outrora nos legaram, pois sem isso nada somos e nada poderemos ser além de vítimas do agora e dessa opinião alheia destrutiva, completamente alienante e que só atende aos vícios da modernidade.