Uma coisa que se pode notar no mundo de hoje, tomado pelo
bom mocismo e pelo politicamente correto, é a covardia. E é na covardia pessoal
que reside toda a essência da esquerda. Não se procura reconstruir nada.
Busca-se destruir tudo e começar outra coisa. Há um medo de se enfrentar, de
ir à luta, de conservar o que há de bom no mundo. Se há falhas, culpa-se a
sociedade, a circunstância e o evento, pois se a teoria é perfeita a realidade
assim também deve ser. Não é à toa que vemos tantas coisas deixadas pela metade
hoje em dia, como, por exemplo, a própria união matrimonial. Outro bom exemplo
que ilustra a covardia do homem de hoje é o excessivo número de crenças
religiosas. O homem, imperfeito por natureza, que nasce ignorante e
completamente alienado, não mais quer evoluir e se adequar a nada: ele quer que
tudo se adeque a si, aos seus defeitos; que tudo afague suas lacunas e seus
vícios. Ele não quer ser incitado a melhorar, ele não quer ver seus vícios: ele
acha que não os possui. Assim é a esquerda: idealista, utópica, perfeita em
teoria. Se a realidade está ruim, que se destrua a realidade, pois ela não
comporta afagos para um “eu” psicótico, megalômano e com delírios de perfeição.