terça-feira, 27 de novembro de 2012

A guerra de informação

"Os grupos se reúnem, constroem um site, todos escrevem seus valores, aplicando-os em comentários aos acontecimentos atuais e atacando os grupos antagônicos apenas por ali. Em meio a isso cada um deles carrega um estandarte que bem representa o seu conjunto de ideias e que faz com que o homem moderno, ratinho de escritório, fique com um pé atrás diante de tudo o que aquilo informa, afinal ninguém mais quer comprometer-se - a fundo - com valor algum. E aí estão todos esses grupos deixando sua marca no mundo apenas em textos publicados, comentários sobre a situação atual e pequenos longos debates virtuais, mas sem levar ninguém ao vigor de uma ação eternizante. Seu poder de influência jaz na mentalidade lúgubre do homem moderno, que foi adestrado para não dar lá tanto valor a valores. E assim, toda a verborréia tem um alcance deveras limitado no mundo prático. Toda essa informação, todo esse resgate cultural já não conquista corações e mentes, porque a maioria dos corações já estão preocupados demais com a hipertensão para se envolverem, e a maioria das mentes... a maioria das mentes apenas foge das verdades eternas, já que a Ação dessas verdades precisaria se apoiar em corações melhores. E isso tudo acaba por me lembrar de quando o Huxley diz que "três quartos do tempo não estamos em contato com as coisas, mas apenas com as palavras que as representam. E muitas vezes nem mesmo com elas, e sim com essa infernal algaravia metafórica dos poetas"."


De mais um dos colaboradores. 
Que fique a reflexão.