Sim, defendo a pena de morte. Defendo a pena de morte para
seres cruéis, imorais e sanguinários. Suas existências atentam continuamente à
harmonia social. As pessoas atualmente estão dadas a se assombrarem quando um
policial abusa do poder, mas virou senso comum constatar crimes mesmo sabendo
que o meliante sempre abusa do poder. No caso do policial, sim, nós confiamos a
ele nossa segurança. Houve um acordo explícito. No entanto, com o marginal, não
há também um acordo? Óbvio que há. É o acordo tácito da moral e do bom senso; é
a velha história de minha liberdade cessar ao começar a sua; é o
fato de eu não te matar quando divergirmos, nem te roubar quando tiveres algo
que me chame atenção. Todos que vivem numa sociedade hão de respeitar os princípios
básicos, necessários, para que se estruture qualquer comunidade. Os que
negligenciam esses princípios, devem ser excluídos. E os que negligenciam esses
princípios com doses de crueldade, devem ser mortos. É justo darmos o mínimo de humanidade para
alguém que arbitrariamente quis retirar a vida de um outro, e de uma forma
bruta? Não. E se vierem me acusarem disso e daquilo, que me acusem. Assim como
o marginal tem um afã pela crueldade, eu tenho um afã para cessar com sua vida.
Deus conhece nossas falhas e limites. A Ele eu prestarei contas.