domingo, 25 de novembro de 2012

Pegando os liberais pelo pé


"Defendendo uma liberdade individual que ultrapassa as barreiras do razoável, os liberais de hoje têm tratado o sistema normativo como uma imposição estatal que os impede de viver suas próprias vidas da forma como venham a desejar. Temas como aborto, utilização de drogas e reconhecimento de uma parceria homossexual como instituição familiar têm grande repercussão em seus debates e suas agendas.
Entretanto essa forma de raciocínio é um tanto imatura, uma vez que desprezam outros princípios fundamentais para a estrutura e harmonia da sociedade. Os ideais libertários tentam separar dois fatores que não sobrevivem de forma autônoma: diminuição do Estado e a moral judaico-cristã, representada esta última pela instituição familiar.
Não há nem mesmo como manter o liberalismo econômico sem conservar a moral judaico-cristã e, portanto, a instituição familiar. Sendo a instituição familiar a base da sociedade e a força motriz da propriedade privada, em sua ausência o indivíduo estaria novamente vinculado ao Estado, pois dependeria deste em qualquer momento de crise. Tomemos o exemplo da velhice, da pobreza acidental ou algum problema de saúde que seja: ao passo que a instituição familiar serviria de sustento e mecanismo de recuperação para a vítima de algum desses males, o indivíduo até então autônomo e sem uma família de guarnição dependeria de serviços públicos que pudessem auxiliá-lo, tal como saúde pública, projetos sociais e até mesmo um abrigo.
Portanto tratar de liberalismo sem levar em conta a moral cristã torna a liberdade um passo efêmero, que tropeçaria ao primeiro acidente ou crise. Nisso muito me deixa preocupado ao perceber que os que não são da esquerda, muitas vezes estão aliados com o liberalismo em sua plenitude, beirando ao anarquismo – e disso boas coisas não podemos esperar. "

Outra boa contribuição.